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Todos sabemos que 2023 foi uma montanha-russa, marcada por desafios e muita resiliência das pessoas à frente de gestão de pessoas.
Apesar das incertezas e dos sinais de um arrefecimento da economia global, a contínua escassez de competências-chave será ainda uma realidade nos processos de recrutamento e seleção. Assim, quais tendências de RH serão essenciais em 2024?
Para alcançar bons resultados de pessoas, em 2024, os empregadores terão, portanto, de simplificar ainda mais os processos de recrutamento e melhorar as condições de trabalho para atrair e reter talentos. Como fazer isso e ainda melhorar os processos de gestão de talentos?
Essas e outras perguntas serão respondidas ao longo desse artigo que oferece insights valiosos sobre o que esperar das tendências de RH para 2024 e como elas afetarão o mercado de trabalho. Boa leitura!
Quais as principais tendências de RH para 2024?
Envelhecimento da população, novas tecnologias no mercado de trabalho, diversidade e inclusão. Conheça a seguir essas e outras tendências para o próximo ano e como você pode implementá-las em sua empresa!
1. O surgimento da “força de trabalho oculta”
Com tantas empresas ainda enfrentando escassez de talentos, alguns especialistas indicam que 2024 será o ano da “força de trabalho oculta”. Mas o que seria isso?
É uma referência ao contingente de trabalhadores que são frequentemente rejeitados ou subutilizados devido a práticas de contratação injustas. Neste grupo podemos incluir pessoas 50+, profissionais neurodivergentes e pessoas PCDs.
Segundo os futurologistas em RH, dois movimentos vão acelerar essa tendência: novas tecnologias de recrutamento que ajudam as empresas a entrar nesse segmento inexplorado e o envelhecimento populacional.
Sobre o envelhecimento da força de trabalho, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) um quinto da população mundial terá mais de 60 anos em 2050. Na Itália, por exemplo, a previsão é de que 30% da atual população ativa seja reduzida nos próximos 25 anos.
Veja também: Inclusão social nas empresas: como criar um ambiente mais diverso e inclusivo
2. Priorizar a privacidade de dados dos funcionários e candidatos
Uma tendência significativa de RH, será a priorização da privacidade dos dados. Ou seja, de olho na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) tanto de funcionários como também de candidatos.
Com a mudança para o trabalho remoto e o crescimento do recrutamento digital, a importância de proteger os dados dos funcionários e candidatos aumenta. É esperado que o RH introduza medidas avançadas de proteção de dados e políticas centradas na privacidade desses dois públicos.
3. Mais investimentos em tecnologia e automação no recrutamento
A escassez de profissionais qualificados intensificou as exigências dos recrutadores para preencher as vagas de emprego, levando ao que hoje é conhecido como “burnout de RH”. Como vencer o estresse dos recrutadores e busca mais assertiva por mão de obra qualificada dois problemas estruturais das empresas em 2024? Investindo na contratação de tecnologias de ponta.
Uma pesquisa sobre tecnologia e automação no recrutamento revelou uma crescente automação na triagem de documentos de inscrição, agendamento de entrevistas e comunicação inicial com potenciais candidatos. De acordo com o estudo, 63% dos recrutadores que adotaram a automação relatam que seu trabalho foi simplificado.
Apesar desses avanços, um número substancial de empresas ainda está nos estágios iniciais de adoção de tecnologias de automação. Olhando para 2024, os especialistas preveem o crescimento da automação. Isto aumentará a eficiência geral dos processos de R&S, permitindo que os recrutadores aloquem mais tempo para tarefas estratégicas e conexões humanas.
4. Atenção ao uso da IA pelos candidatos
A evolução do processo de recrutamento não é influenciada apenas pela maior integração da automação por parte dos recrutadores; os candidatos também estão impulsionando essa mudança transformadora.
É isso mesmo, ao usar ferramentas como o ChatGPT, os candidatos agora podem elaborar facilmente cartas de apresentação, otimizar seus currículos e se prepararem para entrevistas de emprego.
Por isso, certos elementos do processo de recrutamento tradicional, como a ênfase nas cartas de apresentação, podem ser revistos num futuro breve. Além disso, cases e outras dinâmicas do processo seletivo precisam ser observadas sob a luz do candidato buscar assistência de recursos de IA.
5. Uso da IA por pessoas recrutadoras
Por outro lado, o uso da Inteligência Artificial aplicado a softwares como o ChatGPT, por exemplo, tem facilitado e otimizado diversas tarefas operacionais de recrutamento e seleção.
No entanto, sabemos que os recrutadores ainda enfrentam o desafio de lidar com um volume considerável de informações para análise. Muitas vezes, essas informações estão ordenadas de maneira imprecisa e com filtros que podem excluir opções de candidatos que poderiam ser interessantes.
Como, então, fazer com que a IA não limite o recrutador, podando o seu poder de definir as nuances demandadas pelo processo seletivo sob sua responsabilidade? Mais ainda, como fazer com que a expertise do recrutador melhore a seleção feita pela IA, atingindo resultados ainda mais assertivos?
Pensando nisso, a Vagas lança para o mercado de Recursos Humanos uma nova maneira de trabalhar com a inteligência artificial: o Matching IA+H. Esse modelo combina o conhecimento e a experiência dos recrutadores com a análise de uma grande quantidade de dados, para identificar os candidatos mais adequados para cada vaga.
Só para se ter uma noção da qualidade da personalização, o Matching IA+H permite que os recrutadores moldem a IA com uma quantidade ilimitada de critérios para ajustá-la aos requisitos específicos do processo seletivo.
Veja também: Saiba como humanizar processos de R&S com o uso da IA
6. Debates mais maduros sobre diversidade e inclusão
Há anos trazemos como tendência o tema da diversidade e inclusão (DEI). Muitas empresas já melhoram seus processos de recrutamento e inclusão no trabalho de grupos vulnerabilizados. Mas ainda há um caminho gigantesco a ser percorrido quando o tema é Diversidade e Inclusão, especialmente em cargos de liderança e conselho das empresas.
Todavia, especialistas garantem que chegou a hora do tema, de fato, estar presente na pauta de todos os RHs. Por que? Será cada vez mais comum as empresas terem de criar relatório de indicadores de ESG (meio ambiente, social e de governança) para investidores.
Portanto, a educação e a formação contínua sobre temas de DEI persistirão como uma tendência fundamental. Além disso, pode haver um maior impulso para a transparência na elaboração de relatórios e na responsabilização para mostrar o progresso nos esforços de DEI.
Se você tem interesse em expandir seus conhecimentos na área, acesse o Colettivo, uma iniciativa Vagas. Trata-se do primeiro hub de conhecimento focado em diversidade e inclusão e com o objetivo de acelerar a formação de RHs mais justos e inclusivos.
7. Investimento em experiência do funcionário
O RH deve manter o foco na experiência do funcionário como uma prioridade para 2024, apesar das projeções pessimistas. Existem indicações de que algumas empresas podem considerar reduzir os investimentos na experiência dos colaboradores devido a restrições orçamentárias das empresas diante de possíveis turbulências econômicas, as previsões são de queda de crescimento para 2024.
No entanto, é crucial reconhecer que manter o foco na experiência dos funcionários é essencial para alcançar o sucesso geral do negócio. De acordo com uma pesquisa da Harvard Business Review (HBR), a maioria dos líderes enfatiza que a experiência excepcional do cliente é inseparável de uma experiência excepcional dos funcionários. Não duvide disso!
8. Aprendizado contínuo e desenvolvimento
O aprendizado ao longo da vida, mais conhecido pelo nome em inglês lifelong learning, continua na pauta de RH como uma tendência a longo prazo. Isso porque com o surgimento de novas tecnologias, será cada vez mais comum a reciclagem do aprendizado de forma contínua.
Nesta esteira, as empresas terão de investir em treinamento contínuo, educação online e desenvolvimento de habilidades, tudo isso para ter certeza de que os funcionários estejam atualizados com as demandas do mercado.
9. Contratação baseada em competências não mais em diplomas
Há um tempo o mercado vem dizendo, aos poucos, adeus aos diplomas. Sim, é isso mesmo, as empresas começaram a perceber que, dado os desafios atuais, é mais fácil contratar pessoas com competências, que aprenderam sozinhas ou por meio de cursos digitais, habilidades que são muito requeridas nas atuais profissões, especialmente na área tech.
E essa tendência segue a todo vapor em 2024. Prevê-se que a eliminação de requisitos de graduação desnecessários ganhe ampla aceitação, uma vez que está preparada para não apenas aumentar a inclusão, mas também promover a inovação e a adaptabilidade na força de trabalho.
Veja também: Saiba como avaliar a inteligência emocional dos candidatos
10. Aumento do trabalho presencial
Em 2020, com o advento da pandemia de covid-19, o discurso em torno do flexível e remoto ganhou força. Mas passado aí alguns anos desse pico do trabalho remoto, observamos a tendência do retorno aos escritórios. Sim, muitas empresas já anunciam em suas vagas de trabalho que o tipo de atuação será presencial, no escritório.
A pesquisa CEO Outlook da KPMG descobriu que 64% dos líderes globais prevêem um retorno completo ao trabalho no escritório até 2026. Aqui no Brasil uma pesquisa da Ticket revelou que 79% das empresas trabalham no modelo presencial, 13,5% no formato híbrido e apenas 6,5 % permitem o trabalho totalmente home office.
Todavia as empresas precisam olhar para outros indicadores antes de fecharem definitivamente as portas para o trabalho remoto. Uma pesquisa da consultoria McKinsey, conduzida nos EUA, descobriu que quando é oferecida flexibilidade aos trabalhadores em uma nova função, 87% deles aceitariam a oferta. Esta incompatibilidade entre o que empregadores e empregados desejam pode ser uma fonte de conflito em 2024.
11. Geração Z questionando velhas práticas corporativas
O ingresso de novas gerações no mercado de trabalho está remodelando os ambientes e formatos de trabalho e esse tópico permanecerá presente nas pautas de RH de 2024. Por quê?
Bem, os membros da Geração Y estão agora na casa dos 30 e até dos 40 anos e estão assumindo posições de liderança superiores com décadas de experiência. Enquanto isso, a Geração Z não está apenas começando a entrar no mercado de trabalho — muitos deles já gerenciam equipes.
Como nativos digitais, a Geração Z tem expectativas diferentes sobre comunicação, liderança e cultura no trabalho. Eles cresceram nas redes sociais e têm um código social diferente.
Por isso, eles questionam a dinâmica hierárquica de poder de cima para baixo e querem estar ativamente envolvidos nas decisões que afetam o seu trabalho. Eles incentivam a comunicação aberta e bidirecional e têm expectativas e abordagens diferentes para receber feedback, delegar responsabilidades e criar conexões no local de trabalho.
A geração Z busca uma cultura de documentação e pesquisa onde eles possam ver que as decisões foram informadas por dados e não por instinto. Em resumo, muitas empresas precisarão rever muitos processos internos se ainda pretendem se manter no mercado.
Para alcançar os resultados incríveis em 2024 e atrair os melhores talentos para a sua empresa, é preciso ter as estratégias e ferramentas ideais. É isto o que o Mapeamento de Tendências de R&S da Vagas For Business oferece: as estratégias mais relevantes na voz de profissionais de recrutamento e seleção de mais de 120 empresas e de especialistas da área! Acesse gratuitamente agora mesmo e já saia na frente.