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Talentos superqualificados: prós e contras que você precisa saber

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  • 26 de set as 13:46
  • 3 min de leitura

Veja o que pesar na hora de contratar talentos de alta qualificação

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Contratar ou não um candidato superqualificado, eis a questão. Essa é uma decisão que muitos especialistas da área de aquisição de talentos enfrentam, em especial, em épocas de crise econômica, quando há muitos profissionais preparados no mercado e poucas oportunidades.

Nesse cenário, é comum que candidatos com um currículo impecável concorram a vagas pouco atraentes.

Dois lados da moeda na aquisição de talentos

Como sempre, existem os dois lados da moeda. Há aqueles profissionais que usam essas vagas como trampolim para construir uma carreira e chegar mais ao topo da companhia, como existem também aqueles que usam a vaga como oportunidade para atuar em um segmento diferente.

Ocorrem casos ainda em que os profissionais estão em transição de carreira ou querem, simplesmente, mudar de ambiente de trabalho, passando a atuar em uma empresa que segue um modelo organizacional mais flexível.

Mas esse é, de fato, um caminho nebuloso para o recrutador. A contratação de um candidato com mais habilidades do que a vaga exige pode ter tanto um efeito positivo como negativo em longo ou curto prazo.

A seguir, apresentamos, em tópicos, prós e contras de uma contratação superqualificada para cargos pouco exigentes.

Pontos negativos

Muitos empregadores evitam contratar candidatos nessas condições, porque temem que eles fiquem entediados em suas posições ou saiam assim que encontrarem uma oportunidade melhor.

E, nesse processo, o recrutador perde o tempo dele, do candidato, dos colegas de trabalho do superqualificado e, obviamente, o investimento de R&S da vaga. Além disso, outros pontos contra esse tipo de contratação são:

Baixo desempenho no trabalho

O tédio também pode levar a um fraco desempenho. Quando um funcionário sente que é realmente superqualificado para uma posição, tende a ser complacente, se aborrecer com tarefas de baixo impacto e apertar o botão do piloto automático.

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Há um cenário ainda pior descrito em um estudo da Portland State University. De acordo com o levantamento, o tédio e o baixo resultado no emprego podem levar a sentimentos de privação. O colaborador sente que o trabalho está aquém de suas habilidades e se recusa a fazê-lo, repassando-o para outro funcionário.

Contaminação do ambiente de trabalho

É comum, quando um funcionário ingressa em uma organização, a tendência dos demais colaboradores se reunirem para formar as primeiras impressões sobre o novato.

Ao saberem que o recém-chegado tem alta qualificação para a vaga, cria-se sempre um clima de medo na empresa. Alguns funcionários podem vê-lo como uma ameaça ao avanço da carreira deles na companhia.

Se o contratado não souber ter jogo de cintura e mostrar à equipe que suas habilidades são agregadoras e não fragmentadoras, o clima organizacional pode ser bem prejudicado.

Pontos positivos

Embora possam haver vários pontos contra a contratação de um candidato superqualificado, também há vantagens em investir na tática. Muitas empresas se beneficiam com a experiência e a dinâmica desse profissional.

Novas ideias

Atrair talentos muito qualificados podem trazer muita experiência e novas ideias para a posição. O ideal é não sabotá-las e, se possível, fornecer projetos que permitam ao novo contratado colocar seu know-how em prática. Muitos talentos podem renovar ou até disruptar o negócio da empresa.

Gerenciador de crises

Em geral, os profissionais com esse perfil tendem a ter uma boa experiência com gestão de pessoas. Eles administram mais facilmente crises envolvendo visões distintas de colaboradores e costumam também planejar o controle correto do prazo de execução das tarefas. Desta forma, os gerentes ganham tempo para observar questões mais estratégicas do negócio.

Em um estudo conjunto das Universidades de Connecticut, Carolina do Sul e St. Ambrose, no qual foram coletadas respostas de mais de 5 mil funcionários, incluindo aqueles que eram superqualificados, descobriu-se que profissionais com esse perfil não têm uma rotatividade tão alta como imaginado. Ao contrário, percebeu-se que esse funcionário tinha maior probabilidade de permanecer por mais tempo em seu emprego e trabalhar mais do que os colegas.

O estudo também observou que muitos dos indivíduos pesquisados escolheram um emprego com menor demanda cognitiva por causa de horários, localização, flexibilidade, benefícios etc., provando que nem todos os candidatos de alta qualificação aceitaram uma oportunidade apenas para preencher suas lacunas salariais até que uma melhor posição aparecesse.

Portanto, se um profissional superqualificado bater a sua porta, não o dispense de car, mas saiba balancear os prós e contras desse tipo de contratação.

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