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Mais do que uma prática necessária, o feedback de entrevista tem uma relação direta com o conceito de marca empregadora. Isso porque as empresas que ignoram o retorno do recrutador aos profissionais que não passaram no processo seletivo tendem a ser mal avaliadas.
Dar o devido feedback mostra sensibilidade e pode auxiliar o candidato no seu desenvolvimento profissional e na busca por novas colocações. Por isso, espera-se que o RH envie, ao menos, um e-mail educado agradecendo o interesse do profissional pela oportunidade na empresa e desejando sorte em sua trajetória profissional.
Mas, infelizmente, na correria do dia a dia muitas organizações esquecem de seu papel social. Enquanto isso, os profissionais sentem angústia devido à ausência de informações e dados comprovam essa afirmação.
Para ter uma ideia, segundo artigo do Jobscore, 65% dos candidatos dizem não receber uma comunicação consistente por parte das empresas e 40% comentam que deixaram de ter informações após a segunda ou terceira entrevista. Ao mesmo tempo, os principais motivos que fazem os trabalhadores saírem de um processo seletivo são comunicação ruim (47%) e atitude ou comportamento do entrevistador (46%) e do recrutador (43%).
Então, o candidato deve saber como pedir feedback de entrevista, mas você também deve saber fornecê-lo da forma correta. Como equilibrar esses aspectos? Descubra neste post!
Aplicar um feedback empático após a entrevista de emprego ajuda a estabelecer uma relação de confiança e respeito. Assim, mesmo que a pessoa receba um retorno do recrutador negativo, tende a gostar da marca e indicá-la a mais profissionais. Além disso, essa situação gera engajamento e reduz a postura defensiva que ouve a recusa.
Apesar da relevância desse retorno, poucas organizações comunicam os candidatos quando não passam para a próxima etapa, visto que essa medida demanda tempo e não costuma ser prioridade.
Mas, hoje, com as experiências de candidato cada vez mais humanizadas, esse jogo deve mudar. Tanto é que as mesmas estatísticas citadas mostram que a melhoria da experiência do candidato está na segunda colocação quando o foco são as prioridades na aquisição de talentos, com 48% dos empregadores dizendo que é muito importante.
Outros fatores também mostram a importância do feedback de entrevista. Entre eles estão:
Oferecer um retorno, ainda que você precise dar um feedback negativo no processo seletivo, já coloca fim em sentimentos que um processo seletivo silencioso causa, como angústia e ansiedade. Deixar claro para os candidatos qual o resultado no processo também mostra o posicionamento humano que o time de recrutamento e seleção (R&S) tem.
Para Ariane Santana, especialista em Experiência do Candidato da Vagas.com, o silêncio do recrutador durante as etapas do processo seletivo causa três sentimentos ruins ao candidato: frustração, dúvida e descrença no processo.
“Há frustração por ter acreditado na empresa. Ele se sente desrespeitado por ter investido tempo em vão no preenchimento de currículo, fichas e testes”, explica Luciane. E na sequência vêm dúvidas comuns, como “será que a empresa recebeu o meu currículo?”, “e se, talvez, pensem que eu não esteja qualificado à vaga?” e “será que o processo já foi encerrado?”.
Quando passa a fase das dúvidas, vem a incredibilidade. O candidato começa a questionar a veracidade do processo. “Atendo a 100% dos requisitos, por que não sou selecionado para a entrevista?”, comenta-se normalmente. Na opinião de Luciane, a omissão da empresa em não mudar esse cenário só piora a situação.
Com o retorno do recrutador, a percepção do candidato em relação à empresa tende a ser pautada pela confiança. Se a companhia teve o cuidado de responder àqueles que não passaram em seu processo, deve ter o mesmo cuidado no trato com seus colaboradores.
Alimentando esse tipo de laço, a empresa fortalece sua marca empregadora com os candidatos e também com o mercado. Inclusive, uma corrente pode ser criada – o candidato conta sua boa experiência para um amigo, que fala para outro, que conta para outro e assim por diante, abrangendo até os potenciais futuros colaboradores.
Não é porque naquele momento os candidatos foram contratados para determinada vaga que a relação entre eles e sua empresa está acabada.
Tendo todos os cuidados de um retorno saudável, a porta fica aberta para os dois lados: tanto para eles participarem de outros processos seletivos quanto para a empresa acioná-los em um momento mais oportuno.
“Fiz o cadastro e me candidatei a diversas vagas, nunca fui chamado sequer para uma entrevista, o currículo nunca muda de status. Por mais que eu seja 99% apto para a vaga nunca ocorre a seleção”. O relato é de um profissional abandonado por uma organização durante mais de um processo.
Essa dor descrita em poucas palavras pode ser compartilhada com outros candidatos que também passaram pela mesma situação. “Propaganda enganosa”, qualifica ele, frustrado, no final do texto.
Algo que parecia ficar restrito aos muros da organização se espalha rapidamente por várias páginas na internet. E, assim, a reputação da companhia como marca empregadora é prejudicada. Ou seja, os custos de não investir na experiência do candidato são altos para a organização.
“Por isso, é muito importante que a empresa mantenha uma comunicação transparente com os inscritos durante todo o processo para não causar desmotivação e falta de interesse”, defende, Ariane.
Leia também: Como transformar o feedback construtivo em uma ferramenta de crescimento
Esse tipo de queixa não acontece apenas durante o processo seletivo. A percepção de abandono também ocorre a partir do momento em que o candidato se inscreve no banco de talentos da empresa.
Veja o caso de um candidato que relatou suas queixas em um site de reclamação. No relato, o profissional dizia que era formado em engenharia civil, tinha um bom currículo, inglês fluente e algumas especificações. Mesmo com todas essas qualificações, afirmava que, durante anos, não recebeu sequer um “olá” da empresa. Essa falta de comunicação o levou a crer que se tratava de um problema pessoal.
“Comecei a ficar preocupado comigo mesmo, entrar em depressão, a questionar todas as minhas qualificações, fui à procura de coaching de carreiras e psicólogos”, destacou. Ao final, o profissional percebeu que o problema não era dele, mas da empresa que não mantinha qualquer tipo de comunicação com ele. A impressão dele pela falta de feedback era que a organização não era séria.
Na visão da executiva da VAGAS, o descontentamento pela falta de feedback leva alguns profissionais a pensarem duas vezes antes de se candidatarem a outra vaga na organização. “Caso o candidato se sinta desrespeitado pela falta de comunicação da empresa ou identifique divergências e falta de clareza entre o anúncio e a ocupação, poderá deixar de participar de futuros processos da empresa”, destaca.
Para ela, o recrutador deve se colocar na pele do candidato e sentir suas dores. “Todo profissional de RH já foi candidato um dia. Por isso, faça o melhor sempre!”, sugere. E esse aprimoramento já começa na descrição da vaga.
“Se o especialista de RH tiver clareza de todas as etapas do processo, as softs skills desejadas e as atividades que o profissional desenvolverá, ele terá capacidade de divulgar uma vaga com mais detalhes: missão e desafios do cargo, requisitos e o devido cronograma das etapas do processo”, informa.
Com essas informações, explica Luciane, fica mais fácil para o candidato administrar as expectativas e não ficar esperando uma resposta da empresa eternamente. “É claro, imprevistos acontecem, e é sempre bom a empresa deixar um contato disponível para o usuário”, adverte.
Na hora de dar um acompanhamento após entrevista, apresente os motivos da recusa ou da aprovação com detalhes. Explique quais são os pontos fortes e fracos do candidato e o que se espera do profissional que vai ocupar o cargo. Essa é uma forma de apresentar as informações necessárias ao desenvolvimento profissional.
Para o candidato, essa é a oportunidade de saber o que fazer com feedback negativo. Assim, ele consegue melhorar o desempenho em entrevistas e tem mais chance de conquistar a vaga de emprego desejada.
Mesmo com essas dicas, o recrutador tem algumas dúvidas. Como aplicar o feedback para várias pessoas em um dia a dia corrido e cheio de outras tarefas? É possível dar um retorno para cada participante de cada processo seletivo de forma prática e atenciosa? A resposta para essas perguntas é sim!
Com plataformas ATS (Applicant Tracking System, ou sistemas de rastreamento de candidatos), os recrutadores contam com diversas funções que otimizam o desempenho das tarefas rotineiras de R&S. Uma delas é, justamente, o envio de feedback para vários candidatos.
Os recrutadores e gestores, dentro da própria ferramenta, selecionam os candidatos que não passaram na fase em questão e enviam para todos uma mensagem. O candidato recebe a resposta tanto na caixa de e-mail quanto na página de serviço do site de recrutamento.
Isso também se aplica para feedbacks positivos. Os recrutadores podem enviar uma mensagem para todos os candidatos que passaram para a fase seguinte, dando informações sobre como o processo seletivo seguirá, por exemplo.
A empatia consiste em se colocar no lugar do outro. Por isso, é fundamental praticar a escuta ativa e evitar críticas pessoais. Veja como aplicar o feedback seguindo essa regra.
Fuja de informações genéricas e cite habilidades positivas do candidato, além de competências que ele pode desenvolver para ter mais chances de contratação no futuro.
No feedback de entrevista, estimule o candidato a melhorar suas habilidades e ampliar sua experiência. No entanto, não mencione características pessoais que não podem ser alteradas, como tom de voz ou aparência. Comunicação, porém com moderação.
Sempre inicie a conversa enfatizando as melhores características do candidato. É uma forma de encorajá-lo a melhorar os pontos necessários e evitar qualquer aparência de ataque pessoal.
Comunique exatamente o que deseja. Por exemplo, se você acredita que o candidato se ajusta melhor a outros cargos dentro da empresa, deixe isso claro. Ele se sentirá motivado e se candidatará novamente no futuro. Nunca dê falsas esperanças.
Sempre termine o contato de maneira otimista, desejando sucesso ao profissional. Agradeça também pelo tempo e interesse gasto pelo candidato no processo seletivo.
Seja honesto, mas não agressivo. Vá direto ao ponto, entretanto mantenha a delicadeza. Afinal de contas, você está colocando um ponto final em uma esperança profissional. Então, faça o comunicado com respeito e consideração.
O ideal é que alguém que tenha tido contato com o candidato faça o feedback de entrevista para dar um tom personalizado e demonstrar o esforço da empresa em tratá-lo bem. Sempre dê espaço para o profissional se manifestar se ele sentir necessidade. Coloque-se à disposição.
Você pode terminar o contato solicitando um feedback para os candidatos. Isso fará o profissional se sentir mais valorizado e ainda será válido para coletar informações importantes sobre o processo de recrutamento. Coloque uma data para a resposta e use os dados para melhorar a experiência de candidato oferecida por sua empresa.
O retorno do recrutador pode ter características diferentes conforme sua finalidade. Veja quais são os tipos de feedback de entrevista de emprego:
Todos esses feedbacks são importantes para garantir um acompanhamento após a entrevista ou a contratação. No entanto, você sabia que a conversa pode variar conforme o nível de experiência e conhecimento do candidato? Entenda melhor.
Candidatos com diferentes níveis de experiência precisam de feedbacks adequados à sua realidade. Para os juniores, o ideal é destacar os aspectos técnicos e verificar o potencial de aprendizado. Para quem é mais experiente (pleno ou sênior), você deve ter uma visão mais estratégica para conectar as competências do candidato aos objetivos da vaga.
Veja mais detalhes de cada um dos casos:
Para dar um retorno eficiente ao candidato, você precisa adotar alguns métodos e ferramentas. Os principais são:
Existem outros métodos e ferramentas, mas essas opções são as principais quando o foco é o candidato de um processo seletivo.
Para usar o feedback na progressão da carreira, é fundamental adotar a escuta ativa e não levar o retorno do recrutador para o lado pessoal. É importante ouvir atentamente e não interromper para compreender a mensagem. Então, reflita e veja o que precisa fazer para melhorar os pontos fracos indicados.
O recomendado é criar um plano de ação, com metas e prazos para mudar o comportamento e aprender mais. Em seguida, monitore o seu progresso e esteja sempre disponível para novos feedbacks. Desse modo, você evolui continuamente.
Leia também: Guia completo para definir metas e alcançar os seus objetivos no trabalho
Com o feedback de entrevista, o candidato tem a chance de se autoavaliar e progredir na profissão. Ele identifica seus pontos fortes e fracos, aperfeiçoa suas habilidades e define novas metas. Já para a empresa, é a oportunidade de fortalecer a marca empregadora, melhorar a experiência do candidato e ter melhores níveis de engajamento e produtividade.
Portanto, essa prática traz benefícios para todas as partes e ajuda o profissional a se desenvolver para conquistar um novo patamar na carreira. Enquanto isso, a empresa demonstra seu comprometimento com um processo justo e transparente.
A atividade, inclusive, torna-se ainda mais eficiente quando você conta com uma plataforma completa para recrutamento e seleção, como a Vagas For Business. Assim, você pode oferecer o feedback de entrevista para os candidatos de maneira fácil e personalizada, garantindo o alcance de todas as vantagens citadas neste post.
Agora, só falta você usar a Vagas For Business! Acesse o nosso site, confira todos os recursos e veja por que vale a pena usar a plataforma de recrutamento pioneira do mercado!
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