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O processo seletivo marca o início do relacionamento entre empresa e funcionário. É como se fosse o começo de um namoro, no qual os dois lados se escolhem mutuamente. Mas se não for dado um feedback negativo no processo seletivo, ou sequer um retorno ao candidato que foi eliminado, certamente, ele sentirá mágoa da organização que o abandonou sem explicar o porquê.
Por que o feedback é importante?
De acordo com um estudo do Addison Grou sobre o tema, 70% dos candidatos perdem o interesse no trabalho se não receberem resposta dentro de uma semana após a entrevista. A pesquisa também indica que muitos já viveram a experiência ruim de não obter retorno algum da empresa depois de alguns processos seletivos.
“Todas as pessoas que se candidataram à vaga devem receber uma resposta”, defende Luciana Calegari, especialista em Tech Recruiter na VAGAS. Para ela, é importante explicar em cada fase do processo de R&S – seja triagem inicial, nos testes ou nas entrevistas – os motivos da eliminação, melhorando assim a experiência do candidato.
Essa mensagem dos recrutadores pode, de fato, fazer toda a diferença na vida profissional dos candidatos.
Luciana Calegari conta um caso que a marcou. “Um candidato realizou um teste técnico para uma vaga de desenvolvedor e não foi aprovado. Dei, então, o feedback, mostrando os pontos que ele ainda precisava desenvolver”, narra.
A executiva disse que o profissional correu atrás de cursos e aperfeiçoamento. Após cinco meses, ele a procurou informando as ações que realizou nesse período e pediu para fazer o teste novamente. “Ele teve sucesso, foi aprovado na prova e contratado para posição”, afirma Luciana.
Como dar feedback negativo ao candidato no processo seletivo?
Dar feedback negativo ajuda o profissional a reconhecer melhor seus pontos fortes, aperfeiçoar suas habilidades e, principalmente, colabora com seu planejamento de carreira.
Mesmo se o recrutador não estiver pronto para compartilhar o feedback imediatamente após a entrevista, o ideal é que ele entre em contato com os candidatos o mais rápido possível para mantê-los envolvidos no processo.
Na visão da especialista da VAGAS, o feedback de entrevista deve, de forma construtiva, evidenciar ao candidato o motivo de sua reprovação. “Por exemplo, quando realiza um teste, o candidato deve saber onde foi bem e o que falta desenvolver”, explica.
Luciana também acredita que é importante que o interlocutor do feedback questione a quem está recebendo o retorno o que achou da experiência: “Essa resposta pode ser por e-mail, formulário de pesquisa ou até mesmo por telefone”.
Para a especialista em Tech Recruiter, na primeira etapa de um processo seletivo, o feedback não precisa ser estruturado, mas é preciso ao menos dar um retorno.
Veja qual é a diferença do feedback e do retorno: “Considerando que é uma etapa de triagem e vamos seguir com as pessoas que têm maior aderência aos requisitos divulgados na vaga, damos o feedback mais informativo de que não estamos indo adiante por falta de compatibilidade aos requisitos”, afirma.
No entanto, a partir do momento que as empresas começam a interagir de forma mais consistente com os candidatos, o feedback precisa ser estruturado em cima de evidências identificadas no processo.
Se você quer se aprofundar no assunto e entender como fazer essa comunicação, veja dicas de como escrever uma mensagem humanizada para candidatos reprovados em processos seletivos.