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Os vieses inconscientes são preconceitos e estereótipos formados em relação a um grupo social e que influenciam nossos pensamentos e comportamentos durante uma tomada de decisão.
Veja um exemplo de viés inconsciente:
Rodrigo é um pediatra qualificado e tem o corpo todo tatuado porque gosta e faz parte do seu estilo. Do outro lado, temos um pai ou mãe que criaram no subconsciente uma ideia de como um pediatra deve ser, em termos de aparência.
Se a ideia dessa pessoa não incluir tatuagens na aparência do médico, ela pode se sentir estranha ao levar o filho para consultar pela primeira vez com Rodrigo.
De modo geral, os vieses inconscientes são generalizações baseadas em estereótipos de grupos sociais específicos e que engatilha julgamentos automáticos a partir de associações armazenadas na nossa memória.
Sendo assim, eles são:
Você pode achar que não faz parte dessa fatia de pessoas que possuem conceitos definidos previamente, mas é aí que se engana. A comunidade científica vem descobrindo que infelizmente todo mundo possui algum tipo de viés inconsciente.
Sobre o tema, recomenda-se a leitura do livro “Blind Spot”, escrito pela psicóloga social Mahzarin Banaji, professora de Harvad, em parceria com o autor Greenwald.
O livro explora os vieses escondidos que são carregados durante a vida, além de fazerem experimentos com grupos sociais focados em idade, gênero, etnia, raça, religião, classe social, sexualidade, entre outros. Tudo isso a fim de detectar os seus julgamentos sobre o caráter das pessoas considerando diferentes cenários.
Os principais tipos de vieses inconscientes são:
Se o viés já faz parte de toda a sociedade, o julgamento também é feito quando funcionários(as) avaliam ideias ou projetos vindos de outras pessoas.
Um dos principais impactos desses vieses inconscientes nas empresas é a falta de diversidade no trabalho. Além disso, eles geram desarmonias na equipe, criam competições e conflitos desnecessários, atrapalham o feedback construtivo e geram prejuízos para o clima organizacional.
Esse mesmo impacto também acontece na etapa de contratação de profissionais. Segundo a “National Bureau of Economic Research”, organização americana privada de pesquisa sem fins lucrativos, em um estudo sobre currículos, descobriram que nomes “afroamericanos” precisam enviar 2x mais currículos até receberem o primeiro convite para entrevistas. É triste, mas infelizmente é a realidade.
Muitas vezes, durante os processos seletivos, os vieses inconscientes estão presentes nas pessoas que conduzem as entrevistas, em situações como: “Ela é ótima, mas esse cargo exige que a pessoa faça muitas viagens. Ela acabou de ter um filho, não será bom para ela”.
Outros dados importantes extraídos da Exame, Forbes e Instituto Ethos, apresentam o impacto desses vieses para a sociedade: 27% dos cargos de liderança são ocupados por mulheres, 5% das empresas da Fortune 500 possuem mulheres como CEO e ½ negros recebem um pouco mais da metade do salário de um branco em relação a mesma posição.
O cérebro faz rapidamente associações, que embora não sejam desejadas, acabam acontecendo. Isso impacta no negócio, nos dados, nos algoritmos e em muitos outros cenários.
Mas aí vem a pergunta: há uma solução para desconstruir essas opiniões?
O primeiro passo para a evolução como pessoas, profissionais, sociedade e, principalmente, para começar a enxergar o mundo de uma forma diferente é ter a consciência de que sim, existe um problema!
Essa é a batalha contra o cérebro e todos os vieses inconscientes. Com todas essas conexões imediatas, o cérebro passa a entender alguns padrões como incorretos e com o tempo, novas formas de pensar e agir vão se formando e ganhando cada vez mais força. Na neurociência, esse termo é chamado de Neuroplasticidade, que é a capacidade que o cérebro tem de se reprogramar.
Atualmente, a consciência das pessoas e essa luta para que esses vieses sejam cada vez menores na rotina de vida e no trabalho vem sido constantes, mas ainda há muito o que evoluir. Essa é uma excelente oportunidade para reprogramar seus vieses inconscientes e possibilitar que o mundo possa ser visto de outra forma.
Um bom começo para minimizar esses vieses inconscientes é investir no recrutamento às cegas. Veja como funciona!
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