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Muitas pessoas são contratadas por suas habilidades técnicas e depois demitidas por suas inabilidades sociais. Essa é uma situação comum no ambiente corporativo e descreve a importância da gestão comportamental.
Essa é uma ferramenta ideal para traçar condutas desejáveis em todo o ciclo de vida do colaborador na organização e saber como motivá-lo.
É pouco produtivo admitir profissionais por serem especialistas em atividades técnicas se eles terão que interagir com pessoas, liderar processos, ser criativos, tomar decisões, sem contarem com essas skills. No recrutamento e seleção, é preciso ter um olhar para as competências sociais.
Mas como é a aplicação dessa técnica na prática? Como surgiu e quais são seus benefícios? Continue lendo este artigo e vamos nos aprofundar em cada um desses pontos.
O que é gestão comportamental?
A gestão comportamental concentra-se na atitude e nas motivações do profissional. A teoria desse recurso se preocupa em como gerenciar a produtividade por meio da compreensão do que estimula os colaboradores, incluindo expectativas, necessidades e interesses individuais e coletivos.
No fim das contas, os defensores do conceito destacam que trabalhar esses elementos ajudam a otimizar os seguintes indicadores de RH:
- Satisfação no trabalho;
- Desempenho das equipes;
- Promoção de inovação;
- Boas relações no ambiente de profissional.
Como surgiu a gestão comportamental?
Essa teoria, por vezes referida como o movimento das relações humanas no ambiente de trabalho, começou a ser desenhada no início do século XX.
Em 1924, Mary Parker, ex-assistente social nos EUA e graduada em administração, filosofia e direito, escreveu um ensaio conhecido como a pedra fundamental para a administração baseada em comportamentos.
No ensaio, Parker descreve a diferença entre a gestão administrativa clássica e a baseada em condutas, cunhando os termos “poder sobre” (administrativa) e “poder com” (comportamental).
Ela diferenciou as duas entre poder coercitivo e participativo e demonstrando como “poder com” poderia ser mais benéfico às organizações.
Qual a importância da gestão comportamental?
As empresas que compreendem os diferentes perfis e as necessidades de cada um, conseguem proporcionar um desenvolvimento de forma individualizada, aumentando o potencial de entrega.
É possível criar uma equipe motivada e engajada, pois eles irão se sentir valorizados. Assim, sua empresa terá um ambiente de trabalho produtivo e reterá os melhores talentos, auxiliando na redução do turnover.
6 benefícios da gestão comportamental nos resultados da empresa
Como já foi identificado anteriormente, a gestão do comportamento trabalha habilidades motivacionais. Ao deixar de lado o modo controle e gerir talentos a partir de estratégias com foco motivacional, as organizações conseguem observar, de modo muito claro, as seguintes vantagens:
1. Aumento da produtividade
O estudo do comportamento é vital para a colaboração em equipe. Ele fornece insights sobre as motivações pessoais e coletivas dos profissionais e, compreender essa dinâmica, ajudará o líder no engajamento da equipe. Um time integrado, colaborativo e confiante tende a fazer entregas muito relevantes para o crescimento do negócio.
Veja também: Indicadores de Produtividade: 10 Principais Que o RH Deve Acompanhar
2. Melhora nos relacionamentos
Construir relacionamentos significativos pode ser um desafio a depender do clima organizacional. A liderança precisa estar atenta a qualquer conflito ou situações que dificultem o relacionamento entre as pessoas.
Acessar dificuldades reais que prejudicam esses relacionamentos é necessário para entender quais os melhores caminhos para resolvê-los. O comportamento organizacional é essencial para auxiliar um líder na resolução dessas questões.
3. Aumento do bem-estar
Estresse e exposição negativas, próprios ou de colegas de trabalho que não estão satisfeitos com a marca empregadora, podem levar a quadros graves de síndromes, como pânico, e até mesmo burnout.
A gestão de talentos que preza pelo engajamento e pela satisfação com o negócio também é um investimento no bem-estar das pessoas e em um bom clima. Dessa forma, é certo que haverá mais interação e, consequentemente, isso se reflete na qualidade das entregas, uma vez que as pessoas se sentem bem e dispostas.
4. Reforço da cultura organizacional
Se sua empresa faz a gestão comportamental, isso quer dizer que o bem-estar do colaborador é ponto fundamental para o crescimento da marca e para a definição de estratégias.
Disseminar essa cultura e testá-la no dia a dia, por meio de ações que valorizam as pessoas, reforça que o pilar é substancial para todos os que integram a organização.
Ao reforçar a importância dos colaboradores, você também trabalha o employer branding e o employee experience e, de quebra, gera promotores internos da sua empresa. Isso tem muita força para profissionais em busca de novas oportunidades e posicionamento no mercado de trabalho.
5. Diminuição do turnover
A partir do momento que as pessoas têm não só as necessidades básicas apontadas na pirâmide de Maslow atendidas, como salário e benefícios, mas também a autorrealização a partir de inputs motivacionais da liderança, dificilmente ela sairá do atual trabalho para se aventurar em novas oportunidades.
É importante lembrar de medir constantemente a satisfação da equipe, já que os sentimentos são vivos e estão em constante mudança. Para isso, utilize aplicativos de engajamento ou até mesmo uma pesquisa via formulário.
6. Contratação de profissionais de forma estratégica
Outro aspecto positivo é a contratação de profissionais de maneira assertiva, segura e estratégica. Desse modo, é possível obter os resultados esperados e alinhados com os objetivos do negócio.
Nesse contexto, há companhias que podem contratar profissionais com perfil planejador ou mesmo analítico. Outras podem optar por perfis executores ou comunicadores.
Por isso, é fundamental compreender as necessidades organizacionais, conhecer a realidade do negócio e as características de cada profissional para fazer contratações duradouras.
Como fazer gestão comportamental?
Agora que você já sabe as consequências positivas por adotar essa técnica, que tal colocar a mão na massa e implementar algumas ações que contribuem para a gestão comportamental? Veja algumas a seguir:
Treine e desenvolva pessoas
Treinamento e Coaching trabalham no desenvolvimento pessoal e profissional ao longo de um período. O treinamento fornecido ajuda na conscientização, sensibilização de situações e a desenvolver soft skills que podem agregar na rotina de trabalho.
Ambas as técnicas envolvem fornecer feedbacks constantes, no momento propício e com embasamento, sempre olhando para os objetivos definidos.
Valorize o profissional
É essencial valorizar o time, incentivá-los e apoiá-los. O reconhecimento de um bom trabalho é fundamental para que a pessoa entenda o que está fazendo de efetivo e que tem contribuição ela gera. Para isso, você pode:
- Valorizar ponto positivos verbalmente no dia a dia;
- Promover eventos e programas de reconhecimento;
- Indicar qual estratégia utilizada foi primordial para o sucesso de determinada ação;
- Criar auxílios de incentivo a estudos que vão contribuir para o desenvolvimento do profissional.
Inspire os colaboradores
Todos precisamos de inspiração dentro e fora do ambiente de trabalho. Essas são ferramentas que podem levar a conscientização, engajamento e produtividade a outro nível.
Ela acessa o ponto mais profundo de consciência, pelo qual as pessoas são motivadas a alcançar o melhor, tanto no que diz respeito ao comportamento quanto às habilidades técnicas.
Inspirar e motivar a partir de palestras e, ainda mais, pelas atitudes e condutas do dia a dia, contribuem para a construção da autoestima e da confiança. Esses são sentimentos que impulsionam e criam conexões.
Entenda que o colaborador é uma pessoa
Os contextos e as circunstâncias da vida influenciam nos padrões de comportamento. Afinal, a pessoa que trabalha para uma empresa é a mesma que tem uma vida fora dela. O que acontece é um ajuste quando assumimos diferentes papéis sociais: funcionário, cônjuge, filho/filha, pai/mãe, amigo, etc.
Quais são os tipos de perfis comportamentais?
Existem quatro perfis que predominam. Entre eles estão:
- Analista: priorizam a excelência e buscam por qualidade e exatidão no cotidiano profissional. Podem ser lentos nas entregas e estão abertos para aprender novas coisas;
- Planejador: tende a ser calmo e centrado. Dão preferência por ambientes controlados e sem surpresas. Eles buscam analisar as situações utilizando ponto de vista amplo e, por isso, podem considerar diferentes ângulos para encontrar a melhor solução;
- Comunicador: é expansivo e apresenta facilidade de fazer conexões. Podem ser vaidosos ou gostarem de ser o centro das atenções, tendo dificuldade de receber feedbacks negativos. Eles ajudam a manter o time unido e tendem a ter facilidade para ensinar;
- Executor: são competitivos, proativos e se dão bem em cargos de liderança. Além disso, são dinâmicos, mas podem agir antes da hora por falta de paciência, atropelando planos da equipe.
Ferramentas para gestão comportamental
Há um amplo conjunto de ferramentas que auxiliam na otimização da gestão comportamental, favorecendo o desenvolvimento de um ambiente produtivo. Entre as principais práticas estão as ações de recrutamento e seleção e a gestão de talentos. Abordaremos com mais detalhes esses dois conceitos aqui:
Recrutamento e Seleção
Entender como as pessoas se comportam em determinadas situações é fundamental na escolha do candidato ideal à vaga. Se a sua empresa coloca a colaboração como um elemento importante para o desenvolvimento das atividades, você precisará escolher profissionais com essa soft skill.
Por isso, avaliações comportamentais durante o processo são fundamentais para entender os principais traços de perfil dos profissionais.
Gestão de talentos
Quando há ruídos entre líder e liderados, entre equipes organizacionais e o topo e a base, o crescimento do negócio pode ser comprometido:
- Entregas podem diminuir de qualidade;
- A comunicação entre pessoas pode ficar desgastada;
- A escuta ativa pode não ser exercida.
Se os insights motivacionais e comunicacionais não surgirem para frear esses ruídos, as organizações perderão pessoas talentosas.
Qual o papel do RH na implementação da gestão comportamental?
O setor de recursos humanos ajuda a viabilizar programas de capacitação, a desenvolver planos de carreira efetivos e auxilia no desenvolvimento de um ambiente de trabalho saudável. O RH atua com os gestores para avaliar os perfis e verificar quem mais se adequa com a cultura organizacional.
A gestão comportamental, portanto, é uma jornada contínua, que exige dedicação, acompanhamento constante e a busca por aperfeiçoamento. Ao abraçar esse conceito, você estará investindo no presente e no futuro, construindo um ambiente de trabalho próspero, onde o sucesso individual e coletivo caminham lado a lado.
Utilize o método DISC para identificar as habilidades comportamentais dos seus candidatos de maneira simples e ágil.
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