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Tudo está indo bem no trabalho. As entregas acontecem nos prazos estipulados, as metas continuam sendo superadas e você vem ganhando desafios. Eis que tudo se apaga. Você não lembra do que fez ontem, nem do que precisa fazer no futuro. Você acabou de ter burnout na empresa. A exaustão e o estresse prevalecem e você está oficialmente esgotado.
A exaustão dos funcionários, chamada clinicamente de síndrome de burnout, é um problema real. De acordo um levantamento da International Stress Management Association no Brasil, 72% da população economicamente ativa no País está estressada; desses, 32% apresentam burnout.
“Não conseguia me lembrar de nada do que havia feito no dia anterior. Era como se tivesse sido apagado da minha mente”. O relato é de uma executiva de RH que sofreu do problema. Ela passou por um processo de negação que a fez demorar a entender que precisava de ajuda para superar o esgotamento.
É um distúrbio psíquico caracterizado por tensão emocional e estresse no ambiente de trabalho. Um estilo de vida estafante pode colocar as pessoas sob extrema pressão, a ponto de se sentirem exaustas, vazias, esgotadas e incapazes de lidar com situações comuns.
O termo “burnout” foi cunhado na década de 1970 pelo psicólogo norte-americano Herbert Freudenberger. Ele o usou para descrever as consequências do estresse severo em profissionais que se sacrificavam pelos outros e acabavam frequentemente exaustos, apáticos e incapazes de lidar com situações cotidianas. Esse era o caso de médicos e enfermeiros, analisou Freudenberger.
Atualmente, o termo não é usado apenas para esse nicho de profissionais. Como já comprovado, o esgotamento mental devido à elevada carga de trabalho afeta qualquer pessoa, de altos executivos, celebridades e funcionários públicos a empregadas domésticas.
É importante lembrar que o burnout na empresa raramente tem causa única, mas resulta de uma combinação de problemas, incluindo carga de trabalho pesada e contínua, procedimentos onerosos, falta de autonomia ou flexibilidade, ausência de recompensa e atmosfera tóxica.
Há impactos negativos no desempenho, como aumento de erros e baixa produtividade. Os efeitos ruins do burnout na empresa costumam aumentar significativamente antes que alguém reconheça e resolva o problema.
É bom ressaltar que a síndrome tem o potencial de impactar todos os aspectos do negócio – da operação do negócio à comunicação com clientes e colegas de equipe. O esgotamento mental de colaboradores pode, portanto, ter efeitos negativos na saúde e na segurança do local de trabalho.
Além disso, a capacidade de tomar decisões fica reduzida, como notado em um levantamento da Universidade de Stanford que descobriu que 55% dos 7 mil médicos norte-americanos entrevistados relataram ter sintomas de burnout, e 10% admitiu ter cometido pelo menos uma falha grave nos últimos três meses.
Em outras palavras, o burnout nas empresas resulta em esgotamento de recursos emocionais para lidar com tomadas de decisão.
Outra consequência do problema são as longas licenças médicas repassadas aos trabalhadores nessas condições.
Para o bem do colaborador, da organização e das equipes, é bom ficar atento aos sintomas de burnout na empresa.
As possíveis causas incluem sentir-se permanentemente sobrecarregado ou com problemas, estar sob pressão ou ter conflitos com colegas.
Os profissionais tendem a se sentir mais desgastados quando percebem que não estão dando uma contribuição adequada à organização ou não percebem que seus esforços são apreciados;
Em resumo, os sintomas apresentados por funcionários com burnout na empresa incluem:
Felizmente, é possível evitar e reverter o burnout na empresa e impedir que ele contamine o ambiente de trabalho e a vida pessoal do colaborador.
Tudo começa com a construção de uma cultura organizacional transparente, forte e que incentive a comunidade a valorizar as relações entre pessoas e áreas. Um modo de fazer isso é encontrar maneiras criativas de celebrar sucessos coletivos e incentivar o bem-estar dos colaboradores.
Medidas como day off, happy hour, flexibilidade no horário de trabalho e home office também ajudam a evitar burnout na empresa.
Pode parecer contraprodutivo esquecer um pouco do trabalho para malhar, mas, na verdade, a reação é inversa: o exercício ajuda na produtividade.
Incentivar os colaboradores a fazer atividade física, seja por meio de programas internos ou externos à organização, regularmente reduz os níveis de estresse, aumenta a autoconfiança, evita o declínio cognitivo e melhora a memória. A satisfação do autocuidado também ajuda a evitar o esgotamento físico e emocional.
Parcerias com academias, ginástica laboral, além de times e competições entre funcionários são bons modos de estimular esse estilo de vida saudável.
Todos nós sabemos que atividades, como exercício físico e meditação são boas, mas poucos tiram um tempo livre para relaxar. É muito mais fácil cancelar uma aula matinal de ioga do que a reunião com a equipe, certo? Pois bem, vale implementar um plano B para desestressar.
Salas de descompressão e benefícios relaxantes, como massagem, meditação e ginástica laboral, são boas soluções para incentivar os funcionários a cuidarem de si mesmos e evitar o burnout nas empresas.
A palavra “sim” é empolgante e parece abrir mais portas no mundo corporativo. Mas é importante ensinar os funcionários a dizer “não” se quiser mantê-los engajados e animados. Para isso, implemente a cultura de priorização de demandas na sua empresa, como as metodologias Agile.
Está provado que rir alivia o estresse e tem muitos efeitos positivos em curto e longo prazo. Então, incentive a interação criando momentos de descontração entre funcionários por meio de gincanas, festas e palestras para troca de conhecimentos profissionais e vivências pessoais.
As longas horas de trabalho podem contribuir para a exaustão – e muitos colaboradores estão dedicando mais tempo ao escritório do que à vida particular. Em média, os profissionais atuam 44 horas semanais. Todavia, na prática, com a onipresença da internet e do celular, muitos acabam extrapolando esse horário e se estressando.
Para tentar evitar isso, incentive os colaboradores a deixar o trabalho no escritório. Peça que só atendam ligações ou leiam mensagens em casos de urgência.
Durante o expediente, tente também não postergar ou passar tarefas sem sentido, como agendar compromissos que podem ser marcados por um sistema automatizado ou conduzir reuniões intermináveis que não levam a lugar algum.
Passar tempo com pessoas fora do ambiente corporativo proporciona satisfação emocional, visto que só socializar no trabalho estimula a exaustão e o desapego aos membros do seu ciclo social. Portanto, tente criar um canal interno com sugestões de atividades fora do escritório, como festas, eventos de caridade e dicas de filmes no cinema.Também vale fazer parcerias com locais que promovem entretenimento e lazer, como centros culturais.
Gostou do artigo sobre burnout na empresa? Então, leia também como não contratar pessoas tóxicas para sua organização.
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