RecrutaCast: Como trabalhar o propósito do trabalho e gerar engajamento

No nosso primeiro episódio da nova edição do RecrutaCast, o podcast do Vagas For Business em parceria com a Luce, entrevistamos a executiva Valeria Plata, atual diretora de RH da Direcional, empresa do segmento de construção civil.

A executiva iniciou o bate-papo contando aos entrevistadores, Paola Dias, do Vagas, e Gustavo Leme, da Luce, sobre sua experiência e trajetória profissional. Valéria começou como estagiária no jornal Estadão, teve passagens pelas empresas Femsa, JBS, Bimbo e Racional Engenharia. 

Sua experiência abrangente em diferentes setores a ajudou a desenvolver uma compreensão ampla das dinâmicas organizacionais e da gestão de pessoas. Por isso, ela também resolveu se desafiar saindo do papel de executiva para empreendedora.

Um pouco antes da pandemia de covid-19, Valeria montou uma consultoria de desenvolvimento organizacional para atender distintas organizações. “Gente é gente, não importa o setor, o segmento, o porte ou a complexidade”, destacou. 

No geral, durante o bate-papo do nosso podcast, a executiva ressalta a importância de uma abordagem estratégica e centrada nas pessoas para o RH, bem como a necessidade de adaptação às mudanças tecnológicas e culturais.

Valeria Plata destaca a importância de entender o propósito da organização e conectar isso ao trabalho diário, o que pode ser uma fonte significativa de motivação e engajamento para os funcionários.

Aqui estão alguns pontos-chave destacados na entrevista:

Propósito e engajamento

Valéria enfatizou a importância de conectar o propósito da organização ao trabalho dos profissionais. Ela citou que, no caso da Direcional, empresa do segmento de construção civil, essa mágica da conexão acontece na entrega das chaves das casas aos clientes. 

“Transformamos vidas da porta para dentro e da porta para fora. Ter o olhar de quem vai receber o produto gera mais engajamento entre os funcionários, pois eles veem o impacto direto de seu trabalho no fim do dia.” 

Conexão entre estratégia de negócios e estratégia organizacional

Valéria destacou ainda no bate-papo que a estratégia organizacional deve estar alinhada com o propósito da empresa e não se limitar a processos burocráticos. Ela ressalta que a conexão entre pessoas é fundamental e vai além de processos.

“A gente conecta a estratégia do negócio com o organizacional a partir do propósito da empresa. Se a gente não entender esse propósito, tudo que a gente for fazer vai virar processo, burocracia”. 

Culturas distintas e adaptação

Valéria destacou a importância de entender e adaptar-se a culturas organizacionais (e locais) distintas. Essa abordagem de adaptação cultural é importante para empresas que operam em contextos internacionais, pois ajuda a criar um ambiente de trabalho mais harmonioso, a promover a compreensão entre funcionários de diferentes origens e a melhorar a eficácia das operações em diferentes regiões. 

Para falar sobre o tema, Valeria mencionou sua experiência na Bimbo, multinacional mexicana do segmento alimentício, onde teve de adaptar a cultura mexicana ao modus operandis brasileiro para conseguir fomentar engajamento dos colaboradores no Brasil. “A capacidade de lidar com a diversidade cultural e implementar práticas locais é fundamental”, frisou a entrevistada.

Autoconhecimento e liderança 

A entrevistada também discutiu a importância do autoconhecimento para liderança e colaboradores. Ela enfatizou que a liderança deve conhecer seu papel e dar feedback para ajudar os colaboradores a melhorarem suas entregas. “O alinhamento de expectativas entre líderes e liderados é crucial”, destacou a executiva.

Adaptação à tecnologia 

Valéria reconheceu ainda o desafio de integrar a tecnologia aos processos de RH. 

“Nós como RH temos uma lição gigantesca pela frente para incorporar a tecnologia aos nossos processos. A gente ainda olha [o tema] da arquibancada, não entramos no campo para resolver a partida. Não temos a maturidade de tomar a decisão com base em dados”, confessou.

Na visão da entrevistada, para jogar definitivamente essa partida, a área de gestão de pessoas precisa equilibrar a abordagem “soft” (relações humanas) com a abordagem “hard” (dados e tecnologia). 

Ficou curioso para ver o bate-papo na íntegra? Acesse agora mesmo o nosso RecrutaCast e conheça todas as histórias compartilhadas por Valéria Plata.