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O recrutamento e a tecnologia nos processos de R&S andam de mãos dadas. Não é preciso, hoje, sequer sair de casa para ser contratado. Todos as etapas do recrutamento podem ser feitas virtualmente, desde o anúncio da vaga, ao envio do currículo, passando pela seleção dos melhores candidatos, às entrevistas e até o onboarding já é digital.
Não há dúvida de que a tecnologia simplificou e, de muitas maneiras, melhorou o recrutamento. Os sistemas de rastreamento de candidatos classificam os currículos com base nas necessidades de sua empresa. As mídias sociais e as ferramentas de automação ajudam os recrutadores a alcançar os melhores candidatos.
Parece que os velhos tempos de recrutar quase que artesanalmente os profissionais ficaram para trás, mas a que custo?
À medida que a experiência do candidato se torna cada vez mais digitalizada, é preciso sopesar até que ponto seu recrutamento não está se distanciado do capital humano. Embora as ferramentas digitais possam otimizar os trabalhos da área, levar a tecnologia a um passo longe demais pode fazer a experiência do candidato parecer fria e distante.
Para o tiro não sair pela culatra, fique atento aqui as dicas de como mesclar o melhor da tecnologia sem esquecer do lado humano na hora de recrutar pessoas.
Mudança geracional: como isso afeta a experiência do candidato?
A era digital ajudou a revolucionar a maneira como as empresas selecionam os talentos. A geração do milênio é, sem dúvida, diferente das gerações anteriores.
Crescer conectado à internet significou mudanças de gerações. Vivemos em um mundo onde, se você quiser aprender algo novo, existem vídeos no YouTube, podcasts e acesso a aplicativos que nos ensinam coisas novas a cada dia.
Esse conjunto de métodos informativos dá à comunidade de candidatos atuais muito mais poder na escolha das oportunidades de emprego nas quais estão interessados e as empresas para as quais desejam trabalhar.
Por que é importante manter a empatia no processo de R&S?
Em um mercado orientado pelo candidato, com muitos empregadores competindo por um pool de talentos semelhante, as empresas devem considerar o processo de recrutamento como parte de sua marca empregadora.
Parte disso significa entender como os candidatos desejam ser tratados durante o processo de recrutamento, as ferramentas usadas para avaliar o potencial e a jornada do candidato – muitas vezes, a primeira experiência de recrutar na empresa.
Obter o equilíbrio certo entre o “toque” humano e a “tecnologia” é vital se as empresas quiserem atrair os melhores talentos iniciais, como aprendizes, e, em última instância, preencher funções, imperativas na atual crise de habilidades.
Como humanizar a tecnologia nos processos de R&S
Todos nós queremos candidatos que valorizem as relações humanas no trabalho, certo?
Mas é difícil atraí-los se nosso processo de recrutamento parecer robótico. Então, como podemos incorporar um toque humano ao processo de recrutamento? Aqui, estão quatro coisas que você deve ter em mente.
Adote um modelo híbrido
Inteligência artificial, chatbots e bots de voz podem resolver imediatamente muitos problemas de atendimento ao cliente que as empresas enfrentam atualmente. Com a ajuda deles, certos processos podem ser automatizados, resultando em tempos de espera reduzidos para os candidatos e uma carga administrativa mais leve para a equipe de R&S, permitindo que se concentrem em atividades que agregam mais valor
Mantenha as pessoas no comando
A tecnologia funciona, desde que orientada por um trabalho rigorosamente humano. Não adianta colocar a culpa na inteligência artificial se a pessoa por trás dos códigos não pensou em um processo seletivo mais inclusivo.
Até as máquinas já aprenderam conosco a criar vieses. A história mais antagônica vem da gigante Amazon. Um vazamento de dados comprovou que robôs, criados para ajudar na triagem de currículos, excluíam as mulheres do processo. A culpa, no entanto, não era da tecnologia. O algoritmo aprendeu a selecionar os melhores profissionais baseados em currículos recebidos nos últimos 10 anos, que eram majoritariamente de candidatos homens. Não houve a exclusão desse viés por parte dos programadores dos robôs.
Crie um plano
Comece definindo os benefícios que a nova tecnologia trará para seus candidatos e sua empresa. Esclareça os pontos da jornada do candidato quando o diálogo automatizado com os profissionais no mercado é necessário e apropriado – e os pontos em que não é.
Analise a experiência do candidato: quais canais eles usam para quais finalidades; como eles procedem no canal relevante?
Somente quando você conhece e compreende os processos, é possível automatizá-los para alcançar os resultados finais desejados.
Contratação inteligente
Com bots respondendo a perguntas fáceis como: “quando será a próxima etapa do processo?” e “como faço para acessar a prova de lógica do processo?”. As dúvidas mais complexas são deixadas para os recrutadores.
As equipes de R&S devem desenvolver um profundo conhecimento da cultura da organização na qual trabalham e saber reconhecer candidatos que se conectem com os valores da empresa. Para tanto, os recrutadores precisam se tornar mais proativos em detectar na entrevista os requisitos e habilidades necessárias para garantir que estejam contratando as melhores pessoas para as funções.
Além disso, estamos atualmente na Quarta Revolução Industrial, que representa uma mudança fundamental na forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos. É um novo capítulo no desenvolvimento humano, possibilitado por avanços tecnológicos extraordinários proporcionais aos da primeira, segunda e terceira revoluções industriais.
Essa velocidade de revolução está forçando as organizações a repensar a forma como criam valor, forçando mudanças em muitos aspectos de nossas vidas profissionais.
Se você se interessou pelo tema, não deixe de ler também o artigo “Como Colocar o Humano no Centro dos Recursos Humanos“. Mas se você quer compreender um pouco mais sobre o universo da experiência do candidato, não deixe de conferir um artigo com onze dicas sobre o tema.