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Tendo em vista números divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre atentados contra a própria vida, transtornos mentais e afastamentos do trabalho em decorrência de desordens emocionais, trabalhar a campanha Setembro Amarelo na empresa é um dever do RH. Trata-se de um movimento de conscientização sobre a prevenção ao suicídio, cuja data foi escolhida devido ao Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, que acontece em 10 de setembro.
A campanha, representada pela cor amarela, foi idealizada em 2015 e desde então vem sendo abraçada por muitas organizações. Portanto, se sua empresa ainda não a abordou, chegou o momento.
Sobre a campanha Setembro Amarelo
Ansiedade, depressão, estresse pós-traumático, fobias, transtornos alimentares… A lista de desordens mentais e comportamentais é longa e vem afetando cada vez mais a população mundial. Em 2019, a OMS registrou 18,6 milhões de brasileiros com ansiedade, sendo o país com maior número de pessoas com o transtorno em todo o mundo.
Somente em 2016, segundo a OMS, por aqui foram registrados 13.467 casos de suicídio. Vale destacar que a maioria deles (10.203) foi cometida por homens. Essa já é a segunda causa de morte entre jovens. Além disso, de acordo com reportagem da revista Época Negócios, em 2016, 75,3 mil trabalhadores foram afastados de suas atividades por causa da depressão, com direito a recebimento de auxílio-doença.
Essas poucas estatísticas já demonstram a relevância de trabalhar o Mês de Prevenção ao Suicídio.
Formas de trabalhar a campanha Setembro Amarelo na empresa
Mas como tratar o Setembro Amarelo na empresa? Apresentamos cinco soluções para facilitar esse processo. Acompanhe, a seguir.
Fale sobre o assunto sem medo
Suicídio ainda é um tabu, mas é preciso abordar e desmistificá-lo. Para dar força à campanha, o RH pode ir além dos cartazes e comunicados. Que tal chamar um especialista da área de saúde mental para palestrar? Ou distribuir materiais informativos sobre prevenção ao suicídio?
Vale lembrar que no site Setembro Amarelo, há diversos informes e peças que podem ser baixados gratuitamente. E não esqueça de espalhar aos quatro cantos o número do CVV, 188, para o qual as pessoas podem ligar e serem auxiliadas em total sigilo.
Seja um ponto de apoio
O estresse imposto pelo home office foi somado ao isolamento social e à possibilidade de contágio de um vírus com potencial letal. Carissa Etienne, diretora da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) afirma que a “pandemia de Covid-19 causou uma crise de saúde mental em uma escala que nunca vimos antes”.
Aproveite, então, o momento e o Setembro Amarelo para reforçar que o RH é um local seguro para funcionários que passam por dificuldades. Deixe as portas e os canais de comunicação abertos para colaboradores expressarem suas emoções e saiba quando indicar ajuda profissional.
Crie uma cultura humanizada
Se sua empresa ainda não possui uma cultura organizacional focada em colaboração, o Setembro Amarelo pode ser o ponto de virada. Incentive a diversidade, as tarefas cooperativas e o apoio emocional entre colaboradores e equipes.
Contar com um código de conduta flexível e amigável, realizar palestras eventuais sobre saúde mental e oferecer atividades e espaços relaxantes, como hora da massagem e salão de jogos, são medidas bem-vindas.
Treine seus líderes para os sinais
Estatísticas norte-americanas indicam que funcionários que mencionam ou ameaçam tirar a própria vida têm 30 vezes mais chance de cometerem o ato e que 40% dos suicidas já haviam tentado antes.
A Setembro Amarelo pode ser uma ótima oportunidade para oferecer treinamento aos gestores da companhia sobre como lidar com desordens mentais e potenciais suicídios. Convoque profissionais da área da saúde para alertá-los sobre sinais de perigo, como isolamento, faltas e mudança brusca de personalidade.
Esses sinais são gritos de socorro e devem ser levados a sério pelos líderes e pelo RH. Seja empático, ouça o colaborador e busque ajuda profissional para ele, se for necessário.
Caso um funcionário da empresa cometa suicídio, o RH deve oferecer suporte para colegas de trabalho processarem o trauma da perda. Realize uma reunião para responder questões sobre a situação e convide um especialista para orientar os colaboradores a lidarem com o emocional perante esse período difícil.
Se você achou interessante este assunto e quer saber um pouco mais sobre como apoiar a inteligência emocional dos funcionários, vale a pena ler o artigo sobre saúde mental em tempos de quarentena, ou ainda como lidar com os colaboradores na volta ao trabalho presencial.