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Definir o melhor modelo de gestão de pessoas para uma empresa pode ser complexo, mas não é impossível. Tudo vai depender dos valores praticados pela sua organização e do contexto de mercado.
É importante ressaltar ainda que os modelos atualmente existentes são fruto de uma evolução histórica do mercado de trabalho e de negócios.
Portanto, essas formas de lidar com as pessoas estão em constante transformação. Talvez hoje a sua empresa adote um formato para lidar com os colaboradores, mas, em breve, dada a evolução social e tecnológica, a organização tenha de revisitar essas escolhas.
Neste artigo, abordaremos esses dilemas, bem como apresentaremos os principais modelos de gestão de pessoas em voga no mercado corporativo contemporâneo. Assim, após a leitura de todo o conteúdo, você saberá qual é o modelo de gestão de pessoas ideal para sua empresa!
O que é gestão de pessoas?
Gestão de pessoas são práticas que se referem ao modo como a organização recruta, treina, engaja e retém pessoas para otimizar seus talentos e maximizar sua produtividade.
As estratégias de gestão de pessoas atendem às necessidades de carreira dos talentos, apoiando seu alinhamento com as metas e valores da empresa e envolve os seguintes ecossistemas de RH:
- Treinamento e desenvolvimento;
- Recrutamento;
- Compensação e benefícios;
- Gestão de desempenho;
- Organização;
- Engajamento e retenção;
- Segurança e bem-estar.
Qual é a importância da gestão de pessoas?
A gestão de pessoas é tão importante para a produtividade de uma organização como o balanço financeiro é para a saúde monetária da empresa. Sem estratégias bem delineadas de gestão de talentos, a eficiência produtiva da empresa pode padecer e deixar de entregar os resultados esperados. Por quê?
Quando os colaboradores não se sentem acolhidos pela organização em um programa de gestão de pessoas, inconscientemente, eles não são instigados a ir além de seus esforços diários, eles entregam apenas aquilo o que é esperado deles ou até menos.
Agora, se o talento percebe que a organização se importa com ele, reconhece o propósito do trabalho dele para a empresa, esse funcionário será muito mais produtivo. Uma pessoa que se sente engajada não é apenas mais produtiva, mas também mais motivada e ajuda o negócio a ter sucesso.
Quais os benefícios da gestão por desempenho?
A gestão por desempenho oferece várias vantagens, incluindo:
Foco nos resultados: A gestão por desempenho se concentra em medir e melhorar os resultados, o que pode ajudar a aumentar a eficiência e eficácia das organizações.
Alinhamento de objetivos: A gestão por desempenho ajuda a alinhar os objetivos individuais dos funcionários com os objetivos organizacionais. Isso significa que todos trabalham juntos para atingir as metas da empresa.
Identificação de lacunas: A gestão por desempenho ajuda a identificar as lacunas no desempenho, permitindo que as organizações tomem medidas para melhorar o desempenho dos funcionários.
Feedback contínuo: A gestão por desempenho fornece feedback contínuo aos funcionários, permitindo que eles saibam como estão se saindo e como podem melhorar.
Desenvolvimento de habilidades: A gestão por desempenho ajuda a identificar as habilidades e competências necessárias para o sucesso e permite que os funcionários desenvolvam essas habilidades ao longo do tempo.
Tomada de decisão baseada em dados: A gestão por desempenho utiliza dados objetivos para avaliar o desempenho, o que pode ajudar na tomada de decisões informadas sobre promoções, remuneração e desenvolvimento de carreira.
Motivação dos funcionários: A gestão por desempenho pode ajudar a motivar os funcionários, uma vez que eles sabem que seu desempenho é avaliado objetivamente e que têm a oportunidade de crescer e desenvolver suas habilidades na empresa.
Quais são os modelos de gestão?
Existem diversos tipos de modelos de gestão de pessoas. Os mais conhecidos são:
- Gestão autoritária, autocrática ou vertical
- Gestão flexibilizado
- Gestão por desempenho
- Gestão por competências
- Gestão horizontal
A seguir, entenda melhor como cada um desses modelos funciona.
1. Gestão autoritária, autocrática ou vertical
Trata-se de um estilo de gestão de pessoas em que a liderança controla todas as decisões e recebe pouca contribuição dos outros membros do grupo.
Neste modelo de gestão, em tese, a equipe fica isenta caso ocorram falhas e problemas estruturais nos processos, pois a tomada de decisão veio de cima para baixo, o famoso “top down”.
2. Modelo de gestão flexibilizado
Embora mantenha alguns aspectos de uma estrutura verticalizada e hierárquica, este tipo de gestão permite maior participação dos colaboradores nas tomadas de decisão se comparada com a gestão autocrática.
Práticas como delegar tarefas, construir feedbacks e reconhecer as conquistas da equipe estão presentes em empresas que adotam o modelo flexibilizado de gestão de pessoas.
3. Gestão por desempenho
O processo de gestão por desempenho destina-se a criar um diálogo contínuo entre o supervisor e funcionários a fim de aprimorar os conhecimentos dos liderados por meio do modelo PCER (Planejar, Treinar, Avaliar e Recompensar).
Em outras palavras, o modelo de gestão por desempenho se baseia em aprimorar a performance dos colaboradores com o objetivo de alcançar as metas organizacionais.
4. Gestão por competências
No modelo de gestão por competências, a habilidade de cada colaborador é identificada e maximizada a favor da equipe e dos negócios. Esse tipo de gestão leva em consideração as habilidades técnicas e comportamentais dos colaboradores.
Nesse formato, as empresas entendem que é bem melhor reter as qualidades do profissional e oferecer feedbacks e treinamentos para que ele mude pontos negativos, em vez de demiti-lo de imediato e tentar encontrar outro colaborador.
5. Modelo de gestão horizontal
Na esteira da globalização, e do surgimento de startups, observamos um boom de teorias administrativas modernas dispostas a lidar com motivações diversas das pessoas e uma força de trabalho mais plural. Entre elas, está a gestão horizontal, praticada, inclusive, no Vagas..
Ela quebra o formato de verticalização das estruturas, como em outros modelos aqui previamente analisados.
As principais características desse modelo de gestão são: autonomia, decisões compartilhadas e forte colaboração e comunicação entre os colaboradores da empresa.
Qual é o melhor modelo de gestão para minha empresa?
A escolha de um modelo de gestão de pessoas envolve a análise de práticas e comportamentos que moldam a organização, e deve levar em consideração os seguintes tópicos:
- Valores e ideais pessoais;
- Personalidade de gestores;
- Metas de produção da empresa;
- Tamanho da equipe;
- Perfil de profissionais liderados;
- Cultura organizacional;
- Políticas internas da empresa;
- Cenário socioeconômico;
- Competitividade do mercado
O que mais deve ser observado antes da escolha definitiva de como as pessoas trabalharão na sua organização? Além dos aspectos humanos mencionados acima, não há como deixar o core business da empresa de lado nessa decisão.
É preciso colocar na balança as práticas e comportamentos da organização e o desempenho do mercado. Como assim?
Para ficar mais claro, vamos aqui mencionar três forças de mercado (dentre outras) que estão fazendo com que as empresas se familiarizem rapidamente com os desafios da gestão de pessoas:
- A mudança de expectativas dos colaboradores, principalmente os funcionários das gerações Y e Z, que exigem locais de trabalho mais humanos, flexíveis e diversos;
- A segunda é a mudança tecnológica e, em particular, o surgimento de tecnologias “Web 2.0” e “Web 3.0”, que permitem a colaboração entre pares e a transferência de informações;
- O aumento de problemas de saúde mental nas organizações após a pandemia. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 15% dos trabalhadores são acometidos com algum tipo de doença mental. E isso gera custos às empresas.
Em outras palavras, não existe o “melhor modelo de gestão”, assim como não há um conjunto antigo de princípios que precise ser substituído por um novo.
Em vez disso, existem escolhas a serem feitas que levam em conta elementos subjetivos e objetivos.
É como escolher a escola onde o seu filho vai estudar. Você vai sim levar em conta elementos básicos como preço, distância da casa e método pedagógico. Todavia, avaliações subjetivas como cuidados dos funcionários, asseio da escola e o estabelecimento da marca da escola na região podem também fazer parte da seleção.
O que se sabe é que o futuro dos Recursos Humanos está repleto de desafios e, talvez, novos modelos de gestão de pessoas ainda serão criados para dar conta dos novos tempos. Mas este debate, certamente, fica para um outro post!
O que é a gestão comportamental?
A gestão comportamental é uma abordagem que enfatiza o comportamento humano no ambiente de trabalho. Ela se concentra em entender como os comportamentos dos funcionários afetam o desempenho organizacional e em como as práticas de gestão podem ser usadas para moldar esses comportamentos de forma positiva.
A gestão comportamental se baseia na ideia de que o comportamento humano é influenciado por diversos fatores, incluindo incentivos, recompensas, punições, feedback, comunicação e cultura organizacional. Portanto, os gestores devem estar cientes desses fatores e criar um ambiente de trabalho que incentive comportamentos positivos e desencoraje comportamentos negativos.
A gestão comportamental pode envolver várias estratégias, incluindo:
- Definir expectativas claras para o comportamento dos funcionários;
- Estabelecer metas e objetivos para orientar o comportamento dos funcionários;
- Proporcionar feedback regular sobre o desempenho dos funcionários;
- Criar um sistema de recompensas e reconhecimento que incentive comportamentos desejados;
- Fornecer treinamento e desenvolvimento para ajudar os funcionários a desenvolver habilidades e comportamentos desejados;
- Garantir que a cultura organizacional seja consistente com os comportamentos desejados.
Em resumo, a gestão comportamental se concentra em influenciar o comportamento humano no ambiente de trabalho para melhorar o desempenho organizacional.
Quer saber mais sobre gestão horizontal e como ela se diferencia dos demais modelos de gestão? Leia, a seguir, a reportagem Uma Empresa Sem Chefes – Por Dentro da Gestão Horizontal!