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Perícia, inteligência e rapidez de execução são certamente características muito valorizadas no mercado de trabalho. Mas no mundo pós-pandemia, a capacidade técnica não é suficiente.
Ou seja: as soft skills são mais do que bem-vindas. Entre elas, com o home-office, a autonomia está em alta. Neste artigo, você conhecerá empresas que apostaram na tecnologia para tornar o colaborador mais autônomo.
Colaborador mais autônomo: mãos à obra
O primeiro passo é mostrar à força de trabalho que a tecnologia é uma aliada. Os funcionários precisam enxergar máquinas e algoritmos como um apoio importante em vez de encará-los como “espiões”, como acontece muitas vezes.
Publicado recentemente pela Harvard Business Review, o artigo “ How companies are using tech to give employees more autonomy” apresenta exemplos interessante de empresas que aplicaram a tecnologia para formar um colaborador mais autônomo.
Elas redesenharam estruturas e rotinas para motivar os empregados e promover mais independência. Vale dizer que essas ações têm implantação mais fácil quando a cultura é horizontal.
Autocoordenação
Na Holanda, a Buurtzorg, provedor de assistência médica domiciliar, decidiu utilizar uma plataforma de TI personalizada para dar mais autonomia a seus mais de 10 mil enfermeiros.
Chamada de Buurtzorg Web, a plataforma não serve para monitorar os colaboradores, mas para capacitar as equipes e ajudá-las na autogerência. Não há líder e as decisões são tomadas por consenso, incluindo demissões.
Para contar com um colaborador mais autônomo, a plataforma fornece modelos de gestão, além de todos os dados que o time precisa para entender seu desempenho.
Um hub central conecta todas as equipes e permite que cada enfermeiro poste problemas e compartilhe ideias. Dessa forma, a plataforma compila e distribui aprendizado.
Responsabilidade nas mãos das equipes
Grande produtora de eletrodomésticos, a Haier permite que seus funcionários, divididos em mais de 4 mil microempresas, contratem e demitam seus membros.
Para tal, conta com uma plataforma de TI chamada EMC Workbench. Por ela, as microempresas inserem contratos e metas no sistema e acompanham o desempenho dos profissionais.
Com base na performance dos colaboradores, as companhias definem quem deve continuar e ganhar bônus e quem, eventualmente, deve ser desligado da equipe.
Mais proximidade com clientes
Que tal conhecer sua clientela mais a fundo? A VkusVill, uma cadeia russa de varejo de alimentos, desenvolveu uma plataforma de TI para conectar suas lojas aos clientes por meio de soluções digitais (aplicativo e redes sociais).
São mais de 1.200 lojas de conveniência autônomas, sendo que cada uma delas é administrada por equipes que variam entre 5 e 10 pessoas. Esses times têm poder de decisão, como definir promoções de produtos.
Já os clientes podem analisar as lojas após cada visita, já que recebem um recibo eletrônico e por ele podem avaliar cada item em uma escala de 1 a 5, além de adicionar comentários.
Desse modo, as equipes que coordenam as lojas podem ter tomadas de decisão mais certeiras sobre produtos, preços e descontos. Não é a matriz quem dita essas ações, como acontece normalmente, o que confere muito mais autonomia à linha de frente.
Governança sem intermediários
A ShapeShift, empresa suíça de troca de criptmoedas, decidiu apostar em blockchains para solucionar quatro questões: divisão de tarefas, alocação de tarefas, distribuição de recompensas e troca de informações. O objetivo era livrar os funcionários de trabalhos mais mecânicos e liberá-los para soluções mais complexas.
A empresa foi amplamente descentralizada e as funções de gerenciamento foram automatizadas, incluindo direção e governança. Grande ousadia, mas que permitiu que as funções mais burocráticas passassem a ser automatizadas e que os profissionais humanos pensem em estratégias. Nada mal, né?
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