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No setor de tecnologia, mulheres estão diante de uma lógica de funil para conseguir avançar em suas carreiras. Quando meninas, poucas são as incentivadas a se aprofundar no conhecimento de engenharia, matemática ou computação. Na faculdade de exatas, enfrentam as barreiras do machismo, desdobradas no mercado de trabalho. E, nas empresas, falta o incentivo para que as candidatas a postos tecnológicos se sintam comprometidas a permanecerem para fazer a diferença, tendo em vista a disparidade de gêneros que o mercado ainda reproduz.
O que fazer para que mulheres se sintam atraídas a ocuparem as vagas em tecnologia? E, aliás, por que é importante reforçar a presença feminina nesse campo dos negócios?
Candidatas a vagas de tecnologia: panorama de disparidade
Por mais que organizações, entidades da sociedade civil e vozes de liderança estejam de olho na necessidade de equidade de gênero dentro da área de tecnologia, há algumas peças que precisam ser movidas para que o jogo seja mais justo para homens e mulheres quando o assunto é recrutamento para essas ocupações.
Segundo uma pesquisa de 2019 feita pela consultoria de tecnologia Accenture, metade das mulheres que vão trabalhar em tecnologia depois de formadas desistem da profissão antes dos 35 anos. A desistência, para a empresa, tem a ver com a falta de uma cultura inclusiva nos ambientes e o estudo ainda avalia que mulheres negras ou LGBTQIA+ sofrem ainda mais dificuldades para conseguir se destacar na profissão.
Enfrentando o preconceito de não serem vistas tão capazes quanto os homens para tais funções, as mulheres são minoria nas equipes. E o efeito bola de neve está feito: quanto menos presença feminina, menos profissionais se sentem integradas ao mercado. Quebrar esse ciclo só traz benefícios. É quando se é possível alinhar o comprometimento das candidatas e os resultados que as empresas, imersas em um ambiente de concorrência global, precisam ter.
RH e a cultura inclusiva
O profissional de RH deve colocar uma lupa sobre a questão e promover estratégias de retenção dos talentos femininos para que mudar esse cenário. E o primeiro passo é reconhecer o panorama – já que, segundo a Accenture, enquanto 45% dos líderes de RH entrevistados para a pesquisa disseram que “é fácil para as mulheres prosperarem na tecnologia”, apenas 21% delas concordaram com a afirmação.
Depois, focar em cultura de diversidade e inclusão. Uma empresa que se mantém ligada a preconceitos e não se preocupa com as disparidades entre homens e mulheres (inclusive de salários e planos de carreira) é fadada ao passado.
Cabem, ainda, outras medidas de estímulo a carreira das profissionais:
- Crie ferramentas e construa comunidades para que as mulheres “se vejam” e, com isso, se apoiem: compartilhar experiências fortalece a presença individual e coletiva e contribui para melhor desempenho nas funções;
- Esteja atento a potência das mulheres que estão há um tempo nas organizações, mas não se veem ocupando lideranças. Por vezes, ações de mentoria também são meios de muito progresso entre elas;
- Treine e converse com os funcionários para que mulheres na tecnologia não sejam mais vistas como exceção ou com desconfiança em relação à qualidade do trabalho. Incluindo os colaboradores, de todas as áreas e níveis, a conversa sobre equidade de gênero se torna ainda mais plural e, com isso, eficaz.
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