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A ciência por trás das políticas de pets no trabalho

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    Vagas For Business

  • 18 de fev as 10:51
  • 4 min de leitura
Executiva sorridente alimenta pets no trabalho.

Animais no ambiente de trabalho podem reduzir o estresse e aumentar a produtividade

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Um latido interrompe o silêncio do ambiente, que é seguido por um miado e pelo ranger de uma esteira de hamster. Provavelmente, você visualizou a atmosfera de um pet shop, certo? Mas essa cena ocorreu em uma startup. Algumas organizações, de olho nas necessidades de seus colaboradores, estão permitindo a presença de pets no trabalho.

A política de levar os bichinhos para o ambiente corporativo vem ganhando adeptos. Em uma busca rápida na internet pelo termo “pet friendly”, foi possível detectar mais de 15 mil vagas ao redor do mundo. No Brasil, ainda são poucas as empresas que aderiram à política e, na mesma procura, encontramos 59 resultados – em sua maioria, oportunidades em startups.

Organizações pet friendly

Nas não são apenas as startups que estão de olho nessa tendência de pets no trabalho para atração e retenção de talentos. Grandes nomes, como Google, Mars e Amazon, contam com escritórios que aceitam animais de estimação, desde que certas políticas sejam respeitadas e as permissões sejam obtidas.

No Google, apenas cães de pequeno e médio porte são permitidos e, em alguns escritórios do buscador, eles recebem, inclusive, o tratamento de um treinador. Já na Amazon, que também aceita apenas cachorros, eles ganham biscoitos de boas-vindas e têm acesso a fontes de água do tamanho deles. Contudo, esses mimos não chegam nem perto do pacote de benefícios que a Mars oferece aos amigos de quatro patas.

Em muitas unidades da empresa, inclusive no escritório do Brasil, a cultura de pets no trabalho vai além, com rotas de caminhada, playgrounds, salas de reunião que permitem a entrada de cães e áreas de atividades.

A Mars tem ainda a “Política de Petiqueta” no escritório e a “Licença Peternidade“, que permite que os associados tirem dez horas de licença remunerada quando compram ou ganham um pet novo.

“Os pets fazem do mundo um lugar melhor (e o escritório também). Nos últimos dez anos, a Mars Petcare implementou escritórios que permitem animais de estimação. Lá, os pets não são apenas bem-vindos, mas são parte fundamental da  cultura no local de trabalho”, diz o manifesto em comemoração aos dez anos da política de animais de estimação no escritório.

Ainda são poucos os ambientes corporativos que misturam cães, gatos e outros animais. Na sede da Royal Canin, em São Paulo, por exemplo, os funcionários podem levar seus bichos de estimação, mas é preciso respeitar uma agenda. Uma das preocupações é a convivência entre cães e gatos — que costumam brigar se estiverem no mesmo local.

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Um golden retrieven e um gato caramelo olham para a câmera. Istockphoto/tania_wild

Benefícios dos pets no trabalho

Em geral, os animais de estimação ajudam a reduzir o estresse e podem aumentar a comunicação e a socialização entre as pessoas. Os pets auxiliam, por exemplo, a lembrar os funcionários a fazerem pausas. Caminhadas curtas, um pouco de diversão e distrações temporárias permitem interrupções mentais necessárias para não sobrecarregar os colaboradores, evitando assim o desgaste mental e emocional.

A alegria e o riso, trazidos pelos animais ao ambiente de trabalho, são tão contagiosos quanto a negatividade e o estresse, e ainda melhoram a comunicação entre as equipes. Estudos comprovam que os bichos de estimação têm efeito calmante, reduzem a pressão arterial, diminuem a exaustão e tornam os funcionários mais cordiais e produtivos.

De acordo com o estudo recente “Pets at Work”, conduzido na Europa e divulgado pela marca Purina, há múltiplos benefícios em ter amigos pets no trabalho. Dentre os entrevistados, 46% acreditam que os animais ajudam a criar uma atmosfera mais tranquila, 45% afirmam que trabalhar em um ambiente pet-friendly contribui para reduzir o estresse e 41% mencionam a melhoria do equilíbrio vida pessoal/trabalho.

Quais são os benefícios corporativos?

As empresas veem os pets no trabalho como um benefício não financeiro, que ajuda a atrair e reter os talentos e, também, a gerar uma percepção de harmonia entre o âmbito pessoal e profissional. É um reconhecimento dos compromissos de vida dos novos trabalhadores.

Executivo observa pet no trabalho.

Istockph0to/LightFieldStudios

Aproximadamente 60% dos norte-americanos possuem animal de estimação. Não é de se surpreender, portanto, que haja uma mudança cultural para permitir o acesso de pets em espaços tradicionalmente definidos de maneira mais restrita.

A cultura de pets no trabalho contribui para o aumento da reputação das empresas, promovendo o bem-estar e a satisfação dos colaboradores, além de atrair e reter talentos. Os millennials têm novas expectativas sobre um bom equilíbrio vida pessoal/trabalho e consideram o Pets at Work como o terceiro melhor benefício concedido pelas empresas.

Para se ter uma ideia, 41% dos millennials escolheria uma companhia pet-friendly em detrimento de outra. Este benefício é mais valorizado do que, por exemplo, o seguro de saúde (39%).

Gostou do artigo sobre pets no trabalho? Então, não perca os próximos textos. Enquanto isso, recomendamos também a leitura do artigo “Qual é sua identidade organizacional”.

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