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A liderança virtual será logo mais um fator comum nas empresas, se já não é na sua. A tecnologia digital mudou as organizações de forma irreversível. Ela moldou o ambiente de trabalho, os processos, produtos e serviços, criando, assim, novos desafios para a liderança.
Nesse contexto, os líderes devem dominar os ambientes virtuais de trabalho para manter os membros da equipe geograficamente dispersos alinhados, conectados, engajados e atuantes.
Como fazer isso sem um diálogo presencial? Essa é a grande pergunta que se impõe a liderança virtual. Mas esse não é o único desafio de profissionais que lideram equipes remotas. Eles precisam engajar pessoas de distintas naturezas com diferentes propósitos.
Se já não era fácil estar no topo das organizações antes, agora, com as situações singulares da transformação digital e do pós-covid, essa tarefa ficou ainda mais difícil. Mas não impossível. Continue lendo essa reportagem para alinhar a sua liderança ao âmbito digital ou melhor, metaverso, uma mescla de mundo real e virtual.
O que mudou com a liderança virtual?
Liderar virtualmente ainda é liderança. A liderança eficaz continua sendo o melhor indicador de sucesso e viabilidade organizacional de longo prazo, e isso era verdade mesmo antes do surgimento da pandemia.
Líderes eficazes são multiplicadores de impacto, que atuam por meio de pessoas, equipes e organizações e contam com atributos como autoconsciência, empatia, humildade, agilidade e resiliência.
O que mudou é que os líderes tiveram de adaptar suas qualidades ao mundo digital. O processo ocorreu ao mesmo tempo em que os liderados também fizeram o mesmo movimento. Isso exigiu um esforço extra de todos durante a pandemia.
Quase 75% das grandes empresas relatam que os novos modelos de trabalho fizeram com que elas reformulassem as capacidades de liderança de que precisam para impulsionar o desempenho ideal.
Autonomia no centro da adaptação
Na prática, a liderança virtual se concentra fortemente em impulsionar a colaboração por meio de comunicação regular, transparência e responsabilidade em meios digitais.
É bom destacar que funcionários remotos têm mais autonomia devido à natureza do trabalho virtual. Como tal, os líderes virtuais não podem verificar os funcionários da mesma forma que no trabalho presencial, então eles precisam confiar nas capacidades deles.
Mas para aumentar a autonomia no trabalho com equipes remotas, também deve haver uma cultura de responsabilidade. Isso exige que os líderes virtuais sejam claros sobre suas expectativas. O que acontece é que às vezes isso não está claro na própria organização.
Missões pouco claras, normas sociais inconsistentes, baixa identidade cultural, papéis pouco claros e filiação instável – são a receita para desastres. Eles resultam em equipes ineficientes, muitas vezes improdutivas, cheias de membros desconectados com a cultura da empresa, e às vezes descontentes.
Liderança virtual de alto desempenho: como alcançá-la?
Agora que você já sabe o que é o papel do líder virtual e seus desafios, que tal entender como ele poderá vencer os desafios daqui para frente em que o mundo se apresenta cada vez mais misturado, entre o virtual e o real, o chamado metaverso.
Os primeiros pontos que a liderança virtual deve assumir para aumentar o engajamento e ajudar os membros a assumir a responsabilidade pelo trabalho que estão produzindo são:
- Dar autonomia aos trabalhadores e responsabilizá-los pelo trabalho entregue;
- Dar atribuição de trabalho aos profissionais (ou equipes);
- Concordar com um prazo e colocar essa data por escrito;
- Definir pontos de verificação e usar softwares em que você possa revisar o trabalho e, na sequência, oferecer orientação e fornecer feedback;
Além das dicas descritas acima, aqui estão cinco passos para uma liderança virtual de alto desempenho:
Sem confiança, sem equipe
A confiança é o fator crucial para uma colaboração eficaz em qualquer equipe. Líderes virtuais eficazes procuram novas maneiras de infundir espírito de equipe e confiança, ajudando a aumentar a cooperação entre os membros da equipe.
Crie um ambiente colaborativo
Softwares colaborativos e plataformas de videoconferência podem ajudar os funcionários a interagir uns com os outros regularmente, incentivando a colaboração e a construção de relacionamentos.
Conforto com as novas tecnologias
Liderar virtualmente requer conforto com a tecnologia das videochamadas, uma vez que elas exigem a configuração e a administração de alguns serviços, como Zoom, Webex e Meetings.
Se o líder desconhecer essas ferramentas dificilmente conseguirá manter uma reunião de apresentação de metas no ambiente digital.
Capacitar e motivar membros da equipe
Frequentemente, espera-se que as pessoas trabalhem de forma mais independente em equipes virtuais. Líderes virtuais eficazes configuram um sistema para monitorar o progresso e acompanhar com frequência, mas evitam o microgerenciamento.
Conduza virtual meetings eficazes
Na ausência de um contato face a face regular, a realização de reuniões virtuais frequentes torna-se cada vez mais importante para manter todos da equipe informados e alinhados.
Mas lembre-se, nada de querer transformar a reunião numa prestação de contas. O líder deve fazer essas reuniões para incentivar a troca de informações e até gerar um momento de descontração da equipe.
Habilidades socioemocionais
As habilidades socioemocionais são particularmente importantes para os líderes virtuais, pois devem trabalhar para manter uma comunicação frequente entre os membros, inspirar as pessoas a atingir metas e gerenciar conflitos.
Quer saber mais sobre liderança na empresa? Então saiba como identificar um líder.