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Quais serão as habilidades para recursos humanos exigidas para lidar com fenômenos recentes no ambiente de trabalho, tais como a grande resignação, o quiet quitting, a semana de quatro dias e aqueles que ainda estão por vir?
Ao longo desta década, muitas mudanças iniciadas durante a pandemia ainda serão refletidas no trabalho de gestão de pessoas. Este é o caso do home office e do self learning, por exemplo. No entanto, o RH do futuro terá de lidar com outras questões para além da gestão de talentos. Como assim?
Isso mesmo o RH será um parceiro de negócios importante para a organização. Os dados de talentos funcionarão como uma bússola para algumas tomadas de decisões, tais como avançar ou retrair em novas frentes de negócios.
Para isso, as pessoas que estão à frente da gestão de pessoas também precisarão investir em certas competências. Quais? Descobriremos juntos nos próximos tópicos.
8 habilidades de recursos humanos que o profissional do setor deve ter
A área de gestão de pessoas teve de ser flexível e ágil para lidar com as demandas do “novo/velho normal” do ambiente de trabalho e ainda enfrentar as distintas frustrações dos colaboradores no pós-pandemia.
O RH precisa ficar atento às distintas pesquisas da área e também à complexidade do ambiente de negócios. Quer um exemplo?
Um recente estudo sobre saúde mental e bem-estar no ambiente de trabalho descobriu que 81% dos profissionais entrevistados estão de olho em locais de trabalho que apoiem a saúde mental.
Sabendo dessa tendência, qual foi a tomada de decisão da companhia aérea Delta Airlines? Ela criou a diretoria de saúde e bem-estar.
Compreender o cenário e se colocar à frente das tendências será um diferencial para as empresas que querem atrair e reter as melhores mentes. Para isso, a equipe de gestão de pessoas precisará adquirir as seguintes competências:
1. Flexibilidade e adaptabilidade
Ser flexível e adaptável é algo que todos tivemos de nos acostumar nos últimos anos, certo?
O mundo ao nosso redor está mudando constantemente. Temos novas tecnologias aceleradoras e mesmo novas formas de pensar que, por sua vez, se traduzem em novas tendências. A inconstância será uma constante.
Por isso, profissionais de todas as áreas, especialmente os de gestão de pessoas, precisarão possuir uma mentalidade mais adaptável e flexível. Mas o que seria isso?
Isso significa ter mente aberta. Você precisará estar pronto para ver o ponto de vista de outras pessoas, pronto para enfrentar a realidade de que talvez o que se pensava ser “a maneira correta de se fazer”, não é mais. Em suma, é transformar em oportunidade cada novo desafio.
2. Pensamento crítico
Um levantamento descobriu que 74% dos empregadores nos EUA consideraram o pensamento crítico como uma das principais habilidades sociais dos profissionais do futuro. Não é diferente no caso da contratação de profissionais da área de RH.
Em uma era em que navegar por notícias falsas e dados contrastantes é uma luta diária, é fundamental que o RH seja capaz de pensar com clareza e racionalidade enquanto avalia objetivamente as informações para tomar decisões assertivas.
Bons pensadores críticos fazem perguntas que podem ajudá-los a se aprofundar um pouco mais sobre o tema, tais como:
- o que está acontecendo?
- por que isso é importante?
- quem está sendo afetado?
- de onde veio a informação?
- posso ter certeza sobre a fonte?
3. Agilidade
As empresas que se adaptam são as que sobrevivem, e a capacidade de uma empresa de ser ágil após uma crise tem uma influência significativa em como ela emerge do outro lado dela.
Do ponto de vista do gerenciamento da força de trabalho, ser ágil durante a recuperação significa olhar para sua força de trabalho e considerar como o talento pode ser remanejado em prioridades estratégicas críticas.
Na verdade, uma pesquisa da McKinsey descobriu que empresas com gestores de pessoas que conseguiram agir de forma ágil, alocando profissionais de alto desempenho para as prioridades estratégicas mais críticas — têm 2,2 vezes mais chances de superar seus concorrentes em retornos totais aos acionistas. Interessante isso, não?
4. Resiliência
A área de gestão de pessoas é a guardiã da jornada do ciclo de vida do funcionário. Assim, não é apenas importante que a equipe de RH se torne resiliente diante dos novos desafios de gestão de talentos, mas também é imperativo que o RH crie um ecossistema resiliente dentro da empresa.
E o que isso significa? Que as pessoas sejam incentivadas a criar uma mentalidade de inovação, permitindo e acomodando iniciativas de risco sem medo de falhar.
5. Conhecimento digital
Mesmo antes do coronavírus, a crescente lacuna de habilidades digitais era evidente na maioria dos colaboradores, incluindo pessoas na área de RH. Mas esse cenário mudou no pós-pandemia.
Embora seja improvável que você precise conhecer todos os sistemas ou plataformas, demonstrar um conhecimento de trabalho sólido de alfabetização em dados, programação de computadores, big data, nuvem, inteligência artificial (IA), blockchain e muito mais, ajudará você a elevar seu conhecimento e seu perfil profissional.
6. Comunicação e inteligência emocional
A comunicação e a inteligência social andam de mãos dadas. Ter boa inteligência emocional é estar ciente e demonstrar empatia pelas emoções e comportamentos dos outros, o que é crucial, especialmente quando as pessoas estão se sentindo desconfortáveis.
E é aqui também que boas habilidades de comunicação são críticas; como muitos de nós continuamos trabalhando em casa, a clareza nos e-mails e nas reuniões virtuais é essencial para consolidar a confiança e manter altos níveis de produtividade.
Nos últimos anos, tendo de lidar com decisões rápidas e com a dor e sofrimento dos colaboradores, a área de gestão de pessoas sentiu na pele o quanto essas competências são requeridas.
7. Data-driven
Não há mais espaço para achismo. Decisões hoje precisam ser tomadas a partir de insights advindos de relatórios baseados em dados reais da operação.
Na última década, testemunhamos um aumento na tomada de decisões baseada em dados em todos os setores de negócios e organizações, e o RH não é diferente. A análise da força de trabalho permite que o RH meça a experiência, o engajamento e a satisfação dos funcionários.
Veja também: Como usar dados para contratar melhor
8. Criatividade e inovação
Embora tenhamos visto máquinas e tecnologias digitais assumirem funções em análises e operações de negócios, os seres humanos ainda são os únicos capazes de pensar fora da caixa.
A criatividade não está apenas associada a profissões tipicamente criativas – é essencial em todos os setores. Não fosse a criatividade do RH, a cultura das empresas não seria assimilada nem seguida pelos milhares de trabalhadores home office; tampouco, as empresas teriam conseguido sobreviver à pandemia com seus ativos e valores fortalecidos.
E agora o RH terá de ser criativo para lidar com as novas demandas da nova era pós-pandemia e transformação digital
Como observado, as organizações precisarão de profissionais de RH afinados com as tendências sociais e tech para manter o legado delas.
Para que as empresas continuem sendo inovadoras e focadas no crescimento, é essencial que recrutadores, BPs, diretores de RH, analistas e todo o ecossistema de RH fique atento aqui às habilidades elencadas ao longo deste texto.
Gostou do artigo? Se você quer mais dicas de como lidar com o futuro das profissões ligadas à gestão de talentos, que tal dar uma olhadinha na nova definição do RH?