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Gamificação no processo seletivo é uma das melhores maneiras de identificar talentos, em especial millenials que cresceram com smartphones, jogos de realidade virtual e redes sociais.
Além de atrair candidatos qualificados, a gamificação na gestão de pessoas ajuda empresas a reduzirem drasticamente o tempo de fechamento da vaga, já que permite testar várias capacidades de forma prática e metrificada, extrair informações verdadeiras de profissionais e simular as tarefas do cargo a ser preenchido.
Quer saber mais? Então, confira como desenvolver gamificação no recrutamento.
O que é gamificação no processo seletivo?
Gamificação é um conceito que usa teoria, mecânica e design de jogos para envolver e motivar digitalmente as pessoas a atingirem seus objetivos.
Embora seja comum para intensificar o interesse de clientes e a interação com determinada marca, o princípio tem se tornado tão popular que algumas empresas o aproveitam no recrutamento e seleção.
Sabe-se que processos seletivos típicos podem ser repetitivos e ineficazes – já que apresentam roteiros de entrevista muito semelhantes, o que leva candidatos a decorar respostas – e é aqui que a gamificação pode ajudar. Usando questionários, desafios ou avaliações relacionadas ao comportamento, as empresas podem integrar um elemento divertido nos processos normalmente enfadonhos.
Além disso, o conceito para um processo seletivo gamificado, permite que a equipe de contratação avalie aptidão, pensamento criativo e capacidade de resolução de problemas do candidato de forma muito mais realista.
Quais são as vantagens de usar a gamificação no processo seletivo?
1. Processo mais dinâmico e verdadeiro
Ao integrar a gamificação aos processos de entrevista comuns, o mecanismo de triagem fica mais comunicativo, divertido e significativo. Para a maioria dos candidatos, é muito mais fácil lidar com um jogo do que responder às perguntas de uma entrevista.
Como os jogos costumam envolver diversão, os profissionais ficam mais à vontade durante o recrutamento e ainda compreenderão o ambiente de trabalho de forma simulada.
Ao mesmo tempo, a estratégia permite que os recrutadores avaliem criatividade, inovação, aptidão e capacidade de resolução de problemas de forma mais realista e assertiva.
2. Triagem mais efetiva
O processo é muito mais rápido com a gamificação no recrutamento, pois as empresas podem testar conjuntos de habilidades específicas, como pensamento inovador, criatividade e gerenciamento de tempo, ao invés de avaliá-las isoladamente.
Além disso, o desempenho de um candidato pode ser avaliado por meio de cenários simulados, revelando características e competências comportamentais.
3. Economia de tempo
Testar habilidades pela gamificação no recrutamento pode economizar muito tempo, principalmente ao substituir períodos de experiência demorados e custosos. Por exemplo, é possível criar um jogo para descobrir qual o cozinheiro mais rápido e capacitado, ao invés de testar vários durante semanas.
4. Mostra que a empresa está atenta a tendências
A gamificação no recrutamento é uma tendência em ascensão pela qual a força de trabalho moderna é atraída.
Se você deseja engajar os melhores candidatos, é melhor mostrar a eles que representa a melhor organização. Este investimento prova que a empresa acompanha as tendências de tecnologia e está disposta a investir no capital humano.
Como aplicar gamificação no recrutamento?
Passo 1: planejamento
Antes de introduzir a gamificação no trabalho, é necessário planejar todo o processo. Para isso, defina qual será o jogo, como ele irá ajudar a testar habilidades e conhecimentos relevantes, qual será seu público, em quais etapas será usado e quais serão os indicadores para medir os resultados.
Dê atenção especial às metas, que podem ser desde agilizar processos seletivos até melhorar o employer branding e atrair influenciadores e talentos para sua empresa.
Passo 2: criação
Elabore um game divertido e que não faça os candidatos sentirem que estão sendo avaliados. Como o objetivo é envolver os participantes na brincadeira, torne-a simples, divertida e muito interativa.
Cuidado para não transformar a atividade em um questionário no qual os participantes têm de escolher entre várias alternativas para uma pergunta, pois isso nada mais é do que um teste disfarçado de jogo.
Passo 3: elabore a avaliação
Antes de colocar gamification em prática, lembre-se de criar um sistema de pontos e recompensas que permita aos avaliados entenderem como se saíram e também fornece dados suficientes ao RH para medir performances.
Passo 4: hora de jogar
Explique detalhadamente aos candidatos do que se trata o game, seja online ou presencialmente, e aplique-o de maneira divertida e descontraída.
Caso queira divulgar o jogo externamente, o que é comum quando ele é aplicado nas primeiras etapas do processo seletivo, peça ajuda ao time de marketing da sua empresa.
Ideias de gamificação para usar durante o recrutamento e seleção
Gamificação no recrutamento não engloba apenas um tipo de jogo. O Google usou uma charada pública para atrair candidatos, mas a atividade também pode ser uma avaliação online ou um desafio, como os testes de codificação.
As empresas também podem usar quebra-cabeças, os quais são altamente eficazes para a compreensão de competências e ainda capazes de reduzir o tédio de testes morosos.
Se a sua organização possui um portal de carreiras, há ainda a oportunidade de adicionar distintivos para os candidatos que visitam o site, compartilham conteúdos e interagem em fóruns, por exemplo.
Outra maneira pela qual a gamificação no processo seletivo pode atuar é por meio de uma barra de progresso, onde um candidato verifica onde está no funil de recrutamento. Isso também o manterá engajado e entusiasmado em alcançar a fase final e ganhar o “prêmio”.
Exemplos de gamificação nos processos seletivos
Agora que estabelecemos as facetas e os benefícios da gamificação no RH, que tal conferir cases interessantes e inspiradores?
Mariott
A rede de hotéis Mariott foi uma das pioneiras da gamificação em processos seletivos ao lançar um jogo no qual jogadores têm a experiência virtual de administrar um hotel e são redirecionados para um formulário de emprego quando clicam no botão “Faça de verdade”.
Os melhores jogadores tiveram a chance de conseguir uma vaga na empresa. O jogo recebeu uma boa resposta – atraiu mais de 25 mil pessoas em apenas uma semana.
Governo do Reino Unido
A agência britânica de inteligência e segurança do Reino Unido criou uma mensagem criptografada no site CanYouCrackIt.co.uk e a usou como parte de seu processo de candidatura. Os participantes tiveram que literalmente decifrar qual era a mensagem oculta para avançar no processo.
Adepto de quase todas as inovações em recrutamento, o Google não poderia ficar de fora desta tendência. Há mais de 10 anos, a sede da empresa convida programadores para competir na Google Code Jam como uma forma de encontrar novos talentos.
Além da oportunidade de ganhar uma vaga na companhia, os desenvolvedores competem por prêmios em dinheiro de até US$ 50 mil.
Domino’s
O jogo Domino’s Pizza Mogul permite que pessoas criem e dêem nomes às suas próprias receitas de pizzas. Embora seja um game voltado para clientes, ele mostra aos candidatos em potencial que a empresa é inovadora, criativa e divertida, o que colabora com sua marca empregadora.
Formaposte
O serviço de correios francês, Formaposte, precisava melhorar a retenção de funcionários, já que cerca de um quarto das novas contratações deixaram a empresa em um curto período de tempo.
Para mudar esse cenário, a empresa criou a Academia Jeu Facteur, na qual potenciais candidatos tinham a oportunidade de experimentar a vida de carteiro por uma semana, acordando cedo, vivenciando as tarefas do trabalho e até mesmo aprendendo sobre ética e fundamentos.
O esforço teve um sucesso estrondoso, com a redução do turnover de 25% para 8%.
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