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Muito tem se falado a respeito da pluralidade da população brasileira, mas infelizmente ainda é possível ver muitas peças de comunicação que não abraçam essa pluralidade, ou seja, pessoas de grupos minorizados muitas vezes não se veem representadas nessas comunicações, por isso é tão importante discutirmos sobre a comunicação inclusiva.
A comunicação inclusiva nada mais é do que uma comunicação que inclua todas as pluralidades da nossa sociedade, no que diz respeito à etnia, raça, deficiência, gênero, orientação sexual, idade, entre outros aspectos. Quando falamos de comunicação inclusiva, não podemos considerar apenas aquilo que pode ser lido ou ouvido, mas também aquilo que pode ser visto (ou não, se estivermos falando de uma pessoa com deficiência).
“A Vagas cada vez mais tem incluído uma comunicação mais inclusiva em seus canais” diz Renan Batistela, Analista de Diversidade e Inclusão da Vagas. “Já temos a parceria com a HandTalk que faz a tradução para Libras nas principais páginas do Vagas.com e Vagas For Business, além de nossos designers sempre priorizarem imagens de pessoas de grupos minorizados nas artes que são veiculadas em nossos canais”, complementa Renan.
Linguagem
Sabemos que a regra da língua portuguesa é que utilizamos as palavras configuradas no gênero mascluno para falar de situações envolvendo pessoas de todos os gêneros, mas hoje em dia já há formas de substituirmos esses termos masculinos por termos mais neutros. Por exemplo:
Em vez de usarmos: | Podemos usar: |
Os políticos | A classe política |
Os professores | O pessoal docente |
Os coordenadores | A coordenação |
Outra forma, muito vista inclusive em descritivos de vagas de emprego é o uso da palavra “pessoa”. Por exemplo: em vez de usar “desenvolvedor de software”, usa-se “pessoa desenvolvedora”, como algumas empresas têm adotado.
Já há também outras formas de neutralizar o gênero, principalmente pensando na inclusão de pessoas não-binárias, como a utilização da letra “e”. Já há pessoas que defendam a utilização da palavra “todes” em vez de “todas” ou “todos”, por exemplo, mas essa é uma regra que ainda causa um pouco de resistência por parte da população, visto que nem todas as pessoas têm conhecimento sobre ela. Há também quem use a letra “x” ou até mesmo o sinal de “@”, mas essas práticas são as menos indicadas, considerandoque não incluem pessoas com deficiência visual que utilizam softwares de leitura.
Comunicação Visual
Para a comunicação visual, é importante as imagens utilizadas mostrem a pluralidade que encontramos na nossa sociedade, ou seja, que não sejam apenas imagens de pessoas brancas, por exemplo. Que haja também imagens de pessoas negras, com deficiência, trans, com mais de 50 anos, indígenas, entre outros aspectos. Um exemplo de quem pratica inclusão na comunicação visual somos nós da própria Vagas.com, que ao criar as páginas de carreira de nossos clientes, sempre damos prioridade a imagens de pessoas diversas. Veja exemplos de algumas páginas:
Tiago Akimoto, designer responsável por criar as páginas de carreiras dos clientes da Vagas diz: “Quando pensamos em páginas de trabalhe conosco, devemos levar em consideração o conceito de Employer Branding é uma estratégia que visa a construção e a manutenção da imagem positiva da empresa, voltada para colaboradores.
E levando em consideração essa definição, usar imagens de pessoas diversas nas páginas de trabalhe conosco é muito importante para mostrar que há representatividade de diversos grupos de pessoas dentro da empresa, com o intuito de mostrar que há diversidade na empresa, gerando um impacto positivo sobre a sua imagem. Mas lembre-se, não adianta trazermos diversidade nas páginas sem que haja ações realmente efetivas sobre Diversidade e Inclusão, a autenticidade é um pilar muito importante para a reputação da sua marca empregadora”.
Em complemento ao que o Tiago disse, a Vagas acredita que trazer diferentes representatividades nas páginas de carreira é uma forma de contribuir para um mundo menos racista, LGBTfóbico, etarista, capacitista, sexista, entre outros.
Nós convidamos o Tiago Akimoto para falar a seguir sobre acessibilidade na comunicação. O Tiago é uma pessoa com deficiência e, mais do que ninguém, tem propriedade para falar sobre o assunto. Veja o conteúdo que ele preparou:
Acessibilidade
Quando pensamos na comunicação voltada para pessoas com deficiência, devemos considerar as seguintes questões:
Descrição em imagens:
Todo conteúdo não textual (fotos, ilustrações, tabelas, gráficos, gifs) deve conter descrição da imagem. Para mandar bem nas descrições das imagens, indico seguir o incrível guia que a Marília Gabriele (fundadora da @accessibility4devs) criou.
Legendas em vídeo:
É de muita importância que todos os conteúdos feitos em vídeo com texto falado, tenham uma versão com legenda, para auxiliar as pessoas. Hoje em dia, algumas plataformas como YouTube, Facebook e outras redes sociais, oferecem a opção de legenda automática para vídeos.
Transcrição para áudio:
Partindo do mesmo princípio de legendas em vídeo, é importante que haja uma versão escrita de todo conteúdo que for feito por áudio, como podcasts.
Cuidado com os links:
Sempre evite usar links como “Clique aqui” ou “Saiba Mais”. Leve em consideração que os links devem dar contexto e indicar o destino do link. Entenda mais sobre como fazer links acessíveis com o artigo do Movimento Web para Todos.
Permita que o conteúdo seja fácil de entender:
Por mais que determinado conteúdo seja específico, é sempre recomendado que todo o assunto seja compreensível por todas as pessoas, independentemente do seu contexto. Por exemplo, se for tratar de um tema que envolva siglas, sempre explique o que aquela sigla significa, e assim por diante.
A diversidade e inclusão é uma tendência que veio para ficar. Pessoas de grupos minorizados sempre vão existir e, portanto, a empresa que não se preocupa em ter uma comunicação inclusiva vai ficar para trás e pouco desejada pelas pessoas que consomem seus serviços e conteúdos, uma vez que essas pessoas não se vejam representadas nela. A Vagas tem se esforçado para fazer uma comunicação inclusiva e até mesmo apoiado seus clientes. E a sua empresa, o que tem feito?