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Todos possuem o direito de viver, aprender, trabalhar e participar do mundo digital. Este é o lema do movimento que tem como objetivo acelerar e conduzir o upskilling e o reskilling à força de trabalho. Em outras palavras, requalificar profissionais para que eles sejam aprimorados nos seus cargos ou recolocados em novas funções.
Mas como funciona exatamente o upskilling e o reskilling?
O que é upskilling e reskilling? Quais são as suas diferenças?
A diferença entre ambos os conceitos está no objetivo da formação. O upskilling se refere ao aprimoramento de habilidades e competências de uma pessoa em uma área de conhecimento que ela já atue, a fim de melhorar a sua performance. O reskilling (ou requalificação), por sua vez, trata-se dos treinamentos oferecidos a um colaborador a fim de realocá-lo em uma nova função, diferente da que já realiza.
Segundo estudo do McKinsey Global Institute, aproximadamente 375 milhões de profissionais – ou 14% da força de trabalho global – podem precisar trocar de ocupação até 2030, em consequência da disrupção provocada pela digitalização, automação e inteligência artificial no mundo do trabalho.
Portanto, atualizar competências e habilidades é indispensável para profissionais que querem continuar ativos e desenvolvendo sua carreira.
Como aplicar reskilling e upskilling dentro das empresas?
No Fórum Econômico Mundial em Davos, quase todas as conversas terminaram com a mesma pergunta: “Como vamos preparar nossa força de trabalho?”.
Essa é uma pergunta que ainda não tem respostas certas ou erradas. Como vivemos em um mundo de constantes mudanças, a única certeza é que as pessoas precisarão se reciclar constantemente. Será cada vez mais comum que profissionais, da ativa ou aposentados, voltem às salas de aula tradicionais ou virtuais para obter novos aprendizados.
É o que os americanos cunharam de “lifelong learning” — “eterno aprendizado”, na tradução para o português — ou a capacidade de aprender, desaprender e reaprender, como disse o pensador Alvin Toffler. Para ele, pessoas que não contarem com essa flexibilidade para assimilar um novo ofício, serão os analfabetos do século 21.
Nesse sentido, a resposta de muitas organizações foi começar a colocar em prática iniciativas para ajudar a ensinar novas habilidades para a era digital. E, nesse ponto, a qualificação não é apenas uma questão de ensinar às pessoas como usar um novo dispositivo. Isso porque a tecnologia empregada pode estar obsoleta no próximo ano.
A experiência de qualificação requer aprender a pensar, agir e prosperar em um mundo online. Trata-se mais de ter um mindset digital, observando a exponencialidade e deixando de lado a linearidade com a qual fomos ensinados desde pequenos. É o eterno aprender a desaprender.
Upskilling e reskilling são essenciais para o futuro do trabalho
E observando as constantes e rápidas transformações pelas quais o mercado de trabalho está passando, Toffler tem toda a razão. De acordo com o relatório do FMI, The Future of Jobs, até 2020, haverá uma queda de mais de 7,1 milhões de empregos devido às mudanças no mercado, sendo que dois terços estão concentrados em funções de escritório e áreas administrativas.
Muitos papéis estão desaparecendo por completo, enquanto outros estão surgindo. A discrepância entre as habilidades que as pessoas têm e as necessárias para empregos no mundo digital é um dos problemas mais críticos do nosso tempo.
Há muitas vagas para competências digitais que cresceram nos últimos anos e poucas oportunidades nas indústrias mais tradicionais. É como se os profissionais tivessem de trocar a roda de um automóvel em movimento a toda velocidade.
Essa reviravolta traz incertezas sobre a manutenção de empregos e o futuro das carreiras. Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos constatou que 87% dos trabalhadores acreditam que será essencial receber treinamento e desenvolver novas habilidades ao longo da vida profissional, a fim de acompanhar as mudanças no local de trabalho. E o impacto das políticas de RH para prover esses treinamentos aos colaboradores será primordial nessa nova era.
Se reinventar é preciso
Estamos à beira de um novo mundo do trabalho repleto de possibilidades de automação, análise de dados, inteligência artificial (IA) e outras tecnologias emergentes. Mas para garantir a produtividade nesse universo há uma intensa necessidade de reskilling, ou seja, a requalificação da força profissional para o ambiente digital e da contratação de pessoas com as soft skills do futuro.
Essa é uma questão que já preocupa quase metade dos CEOs globais. Para 46% desses líderes, a prioridade número 1 é aumentar a mão de trabalho digital existente. Mas ninguém sabe ao certo como acelerar esse aprendizado. Trata-se de um problema complexo que exigirá um esforço em conjunto de tomadores de decisão, profissionais e governos.
As organizações precisam de uma nova abordagem de reskilling para dominar a questão. Será preciso criar a combinação ideal de pessoas qualificadas e adaptáveis, alinhadas à cultura certa e com a mentalidade e os comportamentos corretos para impulsionar os negócios.
Quer saber mais sobre como implementar os processos de upskilling e reskilling na sua equipe? Então leia este artigo e veja como desenvolver soft e hard skills no seu time!