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Muito se fala sobre liderança feminina nas organizações, mas, na prática, o discurso ainda não saiu do papel. Apenas 23 empresas das 500 listadas na Revista Fortune são lideradas por CEOs mulheres. Se elas são tão qualificadas quanto eles para liderar, por que ainda existe essa disparidade tão grande em relação a mulheres na liderança de companhias?
O papel histórico das mulheres na sociedade
O gênero não deveria ser um fator determinante para alguém se tornar líder, mas, na prática, sabemos que a realidade não é bem essa.
Em muitas organizações, as mulheres não são incentivadas a assumir papéis de gestão com a mesma frequência que os homens, contribuindo para desequilíbrio entre quem está no poder. Esse é um problema real e que depende de muito diálogo e políticas corporativas.
Um dos grandes desafios de aumentar a participação feminina no mercado de trabalho e em cargos de liderança é o papel cultural histórico da mulher como centro do cuidado da família, uma vez que elas ainda assumem essa responsabilidade exclusivamente para si.
O mundo corporativo ainda trata com distinção homens e mulheres dado o contexto da paternidade e maternidade. Sendo assim, muitas acabam, por exemplo, postergando a maternidade, ou têm problemas no equilíbrio entre vida profissional e pessoal — enquanto os homens, normalmente, não precisam fazer essa escolha.
Essa encruzilhada deixa dois caminhos para as mulheres:
- elas abandonam a carreira para criar suas famílias;
- abraçam o empreendedorismo.
Não que essas opções não sejam válidas, mas muitas vezes são mais uma barreira para o ingresso da liderança feminina no board das empresas — mas não são as únicas.
Por que ainda há pouca liderança feminina?
No momento que igualdade e inclusão são tópicos em debate para o futuro do trabalho, precisamos entender o que está impedindo as mulheres de ascender às cadeiras mais desejadas da empresa. O relatório Crise de líderes femininas, focado nas indústrias de varejo e bens de consumo, fornece algumas pistas.
Segundo o levantamento, muitos motivos que impedem a ascensão da liderança feminina nas organizações resultam de vieses e barreiras culturais e sistêmicas da organização, tais como:
Falta de representatividade: como não há muitas mulheres no poder, elas não têm figuras inspiradoras femininas, o que contribui para o sentimento de isolamento e de falta de capacidade;
Favoritismo: os chefes tendem a promover pessoas que pensam e agem como eles, sem promover a diversidade. Então, se há mais homens em posições de liderança, eles cederão os cargos mais desejados a seus semelhantes;
Poucos programas de incentivo à liderança feminina: não há patrocínio e apoio suficiente às mulheres para promovê-las no caminho da liderança;
Falta de política de horários flexíveis: isso permitiria às mulheres atenderem melhor às demandas do trabalho e da vida doméstica.
Como incentivar a liderança feminina nas empresas?
Em contraste com os homens, que tendem a se concentrar na carreira e querem maximizar o retorno financeiro com o emprego, as mulheres veem o trabalho de forma mais holística. Portanto, é mais provável que elas abordem suas carreiras de maneira autorreflexiva e valorizem fatores, como significado, propósito, conexão com colegas de trabalho e integração entre vida profissional e pessoal.
Confira cinco dicas para aplicar na sua empresa e incentivar a liderança feminina.
1. Abra espaço para o compartilhamento de histórias e desafios
Compartilhar histórias de sucesso e de dificuldades é muito importante para a liderança feminina criar empatia no local de trabalho. Pode ser assustador dividir vulnerabilidades, mas ao fazê-lo, as colaboradoras se sentirão mais acolhidas e estarão construindo uma rede de apoio e compreensão.
2. Desprenda-se do estereótipo masculinizado de liderança
Uma das piores coisas que uma mulher em posição de liderança acha que tem de fazer é pensar ou agir como um homem. Crie um espaço seguro para que as suas colaboradoras possam continuar sendo elas mesmas sem temer perder o respeito.
3. Gere autoconfiança
Mulheres na liderança nem sempre percebem como estão preparadas para o sucesso, mas seu potencial e habilidades são inegáveis. A boa notícia é que a autoconfiança pode ser desenvolvida ao dar autonomia para que elas tomem mais decisões e desenvolvam as suas ideias.
4. Promova networking
Ajude as suas colaboradoras a conhecer outras mulheres que podem ser uma referência para o seu trabalho. Invista em eventos, convide palestrantes e incentive conversas. Aqui, também vale a dica para a liderança feminina criar mais contato com os clientes também, passando a entender melhor as suas dores e necessidades.
5. Busque por habilidades complementares
Muitos líderes aprenderam rapidamente que, embora estivessem mais inclinados a atrair pessoas cujas habilidades eram semelhantes às deles, isso não era útil para o crescimento da empresa. Em vez disso, aprenderam a identificar aqueles cujas competências complementavam as deles.
Encontrar e reconhecer bons candidatos a líderes não é tarefa fácil em nenhuma ocasião, mas pode ser ainda mais desafiador quando procuramos criar uma liderança inclusiva.
Sabendo disso e apoiando a causa da diversidade, a Vagas for Business desenvolveu diversas ferramentas que ajudam a tornar o seu processo seletivo mais inclusivo.
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