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Estratégias certeiras para contratar profissionais de tecnologia

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  • 6 de dez as 0:57
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profissional de ti programando códigos

Contratar profissionais de tecnologia não precisa ser um pesadelo. Acompanhe soluções criativas sugeridas por especialistas do mercado

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Se contratar profissionais de tecnologia é um desafio para a sua empresa, saiba que você não está sozinho. O que antes já era complicado, ficou ainda pior com os impactos trazidos pela pandemia do coronavírus.

Desde março de 2020, temos visto a aceleração da digitalização dos processos das companhias, que aumentaram suas vagas, e a oficialização do trabalho remoto, que tornou global a competição por talentos. Ou seja, todos os recrutadores e gestores de RH estão no mesmo barco e a bordo de uma nova fase no mercado de trabalho, especificamente no nicho de TI.

Para aprofundar o tema e trazer alternativas para o cenário, a VAGAS.COM promoveu recentemente o webinar “Como criar estratégias certeiras para atrair profissionais de tecnologia”, com a participação de Patrícia Goulart, delivery manager da T-Systems, e Eric Toyoda, group manager talent acquisition da Avanade.

Boas-vindas aos benefícios, profissionais de tecnologia

Em meio a um cenário de escassez de talentos, contratar profissionais de tecnologia tem causado impactos tanto no processo seletivo quanto na jornada desses profissionais dentro das organizações. Por isso, a criatividade e o olhar estratégico estão sendo cruciais para não deixar as organizações paradas por falta de pessoal.

Patrícia relata que foi bastante desafiador fazer a migração, no início da pandemia, de uma grande equipe de operações que atende clientes 24 horas por dia, 7 dias por semana do modelo presencial para um 100% remoto, mas que a transição foi bem-sucedida e trouxe adaptações favoráveis para a T-Systems.

“Hoje, os profissionais que trabalham conosco na operação, trabalham no modelo de teletrabalho, onde receberam incentivos. Disponibilizamos para eles a oportunidade de montar seu escritório e também incentivos para internet e outras coisas que no modelo anterior não tinham. Precisamos, sim, nos reinventar”, frisa a executiva.

Toyoda concorda que benefícios são importantes e que dar atenção à opinião dos colaboradores também é fundamental.

“A Avanade é uma empresa ‘people first’. Já tínhamos política de home office e acabamos transformando em algo mais robusto para atender às demandas que a pandemia impôs à nossa vida. Implementamos novos benefícios de RH para que as pessoas conseguissem desempenhar melhor as atividades dentro de casa. Aprendemos muito nessa jornada com os feedbacks das pessoas. Treinamos também nossos gestores do ponto de vista de gestão de equipes remotas”, explicou o especialista.

O fim das fronteiras

O trabalho remoto abriu definitivamente as portas para a contratação de profissionais de tecnologia brasileiros por empresas do exterior. E nesse ponto as companhias nacionais saem perdendo de lavada. Por quê? Basta ver a cotação do dólar ou do euro, moedas bem mais valorizadas que o real atualmente e que compõem o salário dos funcionários nesses contratos internacionais.

“A concorrência aumentou exponencialmente e isso trouxe impacto para nós. E não é só no que tange à remuneração, mas também ao que vai fazer esse profissional querer trabalhar conosco em detrimento de trabalhar em outra companhia recebendo em bitcoins, euros ou dólares, né?”, comenta a especialista da T-Systems.

A saída é investir em programas de retenção de pessoas, garante o group manager talent acquisition na Avanade.

“A gente sempre acreditou que para atrair os melhores talentos não bastaria sala de videogame ou de pingue-pongue. Temos um programa muito forte de retenção, olhando principalmente nossa proposta de valor ao funcionário, onde ele possa se desenvolver, tenha referências na área de tecnologia e consiga desenvolver uma carreira sem limites, técnica ou executiva”, acrescenta ele.

Claro que não se trata de um processo simples tendo em vista “a escassez perene de profissionais de tecnologia, que possivelmente não mude tão cedo”, de acordo com Toyoda. Mas é por isso que uma das estratégias de sucesso deve ser o investimento em capacitação, incluindo profissionais mais idosos ou que até eventualmente nunca pensariam em migrar para essa área de atuação.

“O recrutamento está sem fronteiras e as pessoas estão sendo contratadas de outros países a partir do Brasil. Isso acelerou o processo e quebrou muitos paradigmas, né? Hoje eu contrato um executivo através de ferramenta remota. Quem poderia imaginar que há 1 ano e meio eu contrataria um vice-presidente apenas com uma entrevista online? Seria inimaginável, mas funciona e tudo bem”, afirma o profissional da Avanade.

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Alternativas interessantes

Mais do que remuneração, é preciso oferecer um ambiente agradável para trabalhar. Só que agora o ambiente é a casa das pessoas… Então, o que fazer? Patrícia sugere a adoção de ferramentas conceituais que auxiliem na estruturação de equipes. Dica: opte por modelos que incentivem a autogestão e a autonomia.

“Conseguimos construir mais proximidade. Temos dentro da estrutura o que chamamos de ‘Chapter’. As pessoas estão organizadas por disciplina e, então, todos os níveis das mesmas disciplinas estão caminhando juntos ao longo da jornada. Fica mais fácil, porque os sêniores dão suporte àqueles que estão começando. Então, dentro da mesma área disciplinar fica mais simples construir e desenvolver as pessoas”, esclarece a executiva.

Na Avanade, o foco está em trazer e atualizar profissionais de tecnologia por meio de treinamentos.

“A empresa é muito conhecida pela adoção de programas de educação dentro do recrutamento. A gente tem vários formatos, academias, bootcamps, acelerações, e com diversas estratégias para cada momento da pessoa em sua jornada profissional (daquela que está entrando no mercado a uma pessoa experiente). A gente adapta esse conteúdo e esse formato para que essas pessoas tenham facilidade de absorvê-lo. Em programa de estágio, por exemplo, o candidato passa por 40 horas de treinamento em processo seletivo e depois por mais 120 horas no primeiro mês quando entra aqui. A gente acredita que as pessoas precisam evoluir a todo momento”, detalha Toyoda.

Inovações e baixo turnover

Mesmo em meio a um cenário desfavorável, a T-System celebra um turnover de apenas 3% nos últimos 2 anos.

“Além de todos os programas que fazemos aqui, buscamos dar aos profissionais liberdade para que trabalhem do jeito deles. Obviamente que temos padrões e processos que precisam ser seguidos, mas eles não são limitantes. A gente trouxe inovações, como em vez de realizar reuniões de equipe, fazer um momento de colaboração com atualizações. Mensalmente, fazemos uma reunião superdivertida, que chamamos de T-Talks, na qual trago convidados, fazemos dinâmicas de grupo, desafios de equipe em conjunto de forma bastante transparente. Eu diria que a comunicação dentro desse modelo atual contribui bastante para a gente se aproximar dessas pessoas”, relata Patrícia.

Tech recruiters

Se a dificuldade é contratar, por que não treinar os funcionários internos? Essa é a recomendação de Toyoda, que, nos últimos 3 anos, contratou cerca de cem profissionais de tecnologia.

“Como o mercado também está muito aquecido para tech recruiters, eu pensei que se tivesse que buscar uma pessoa pronta, levaria x tempo, mas se encontro um recruiter e formo em tech esse tempo diminui em x%. Então o meu investimento não é só em desenvolver meus técnicos lá na ponta, mas também em meu próprio time. Eles aprendem sobre tech recruitment no próprio dia a dia e a gente tem treinamentos com o time técnico para melhorar a nossa capacidade de rendimento das skills de tecnologia”, informa o executivo da Avanade.

Para completar, a delivery manager da T-Systems enfatiza a importância da parceria entre os times de RH e business para realizar admissões de sucesso. Os outros departamentos possuem um papel importante e devem auxiliar na compreensão das necessidades da empresa e no perfil de candidato procurado.

“Vejo áreas onde antes eu era cliente do RH e hoje somos parceiros. E eu gosto muito do termo ‘business partner’, porque traz o aspecto de que eu entendo o negócio e a necessidade dele em trazer o profissional com o fit perfeito”, diz ela.

Apoio das plataformas de RH

Contar com a ajuda digital para aumentar os times é sempre uma boa ideia, ainda mais nesse panorama. Tanto a T-Systems quanto a Avanade têm o suporte da plataforma VAGAS for business para contratar profissionais de tecnologia. E recomendam!

“Essa ferramenta do VAGAS tem sido de suma importância. Ela nos ajuda a trazer seriedade na busca por profissionais qualificados utilizando um meio que não é só a plataforma, mas dando todo o suporte com sugestões que são imprescindíveis para termos os profissionais mais qualificados. Poderia citar também o programa de estágio que rodamos recentemente, no qual ficou muito mais fácil tratar as informações e conseguir de forma assertiva trazer os candidatos mais aderentes. O Vagas oferece todo o suporte não só em testes, mas em análises pontuais de candidatos a cada fase do processo de seleção”, detalha Patrícia.

Toyoda ressalta que a plataforma VAGAS for business hoje é a primeira em relação à conversão de candidatos. “Ali, você consegue trabalhar a sua marca empregadora, posiciona bem as peças, consegue criar um cenário onde as pessoas se identificam e aplicam para a vaga durante toda a jornada pela própria ferramenta, o que ajuda bastante na gestão de informações. E aí temos um mundo de oportunidades, podendo criar bons pipelines para as vagas com mais recorrência e relevância na sua dinâmica de contratação também.”

Gostou do nosso artigo e está mais interessado em gestão de pessoas e no futuro do trabalho? Então não deixe de conferir outros conteúdos do nosso blog, como a nova definição de RH e os passos estratégicos para comprovar o sucesso do departamento. Boa leitura e até a próxima!

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