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Quando falamos de mulheres, pessoas negras, LGBTQIA+ e de outros grupos sociais que conquistam a cada dia mais visibilidade dentro e fora do mercado de trabalho, não é raro que o efeito do viés inconsciente no recrutamento e seleção interfira nas oportunidades apresentadas a esses indivíduos.
Você já deve ter ouvido falar no termo: ele define as ideias e os comportamentos que pressupomos em relação ao outro, em um mecanismo psicológico discriminatório que compromete nossa capacidade justa de se relacionar. Para quem está na área de Recrutamento e Seleção (R&S), analisar o peso do viés inconsciente nos processos no ambiente corporativo é ainda mais importante.
Comitês de Diversidade e Inclusão (D&I), que propõem ações e políticas para garantir equidade, já estão a par da necessidade de se levantar o tema, que também é estudado pela psicologia. Mas, de que forma ele altera as nossas percepções em R&S? Neste artigo, vamos explicar como isso acontece.
Baseado em estereótipos, construções sociais e julgamentos criados dentro de uma cultura, o viés inconsciente é um conceito que se torna palpável quando se coloca em evidência como as disparidades entre grupos minoritários ou minorizados parecem surgir de motivações inexplicáveis.
Exemplo: mulheres têm melhor formação educacional, mas não alcançam postos de lideranças nas empresas na mesma proporção que homens.
O estudo “Estatísticas de gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil”, do IBGE, de 2021, mostra que 29,7% das mulheres de 18 a 24 anos estão frequentando o ensino superior, enquanto 21,5% é a porcentagem entre os homens. No entanto, elas ocupam apenas 37,4% dos cargos gerenciais, enquanto eles dominam 62,6% dos postos. O que essa estatística evidencia? Que as mulheres são mais capacitadas, mas, no “funil” do ambiente corporativo, não têm tantas oportunidades de crescimento de carreira quanto os homens.
Preocupar-se com D&I é seguir no caminho oposto a essa realidade e suscita esforços para que a equidade de gêneros, nesse caso, seja uma estratégia do RH. Para começar, é preciso entender o que faz com que mulheres possam ser preteridas na escolha para vaga.
Aqui vão algumas perguntas para sua reflexão. Elas trazem à tona pensamentos bastante discriminatórios que costumam surgir em entrevistas de emprego, efeito que esse viés inconsciente tem na rotina das pessoas:
Isso vale também para o contato com candidatos e candidatas negras. Recrutadores brancos podem ter, em sua formação cognitiva, crenças implícitas, ligadas ao racismo, de que eles são menos competentes. A visão estereotipada reflete como vemos sistematicamente pessoas negras. Mudar isso faz parte de um esforço de rever os preconceitos de raça em várias frentes, tanto no aspecto pessoal quanto no estrutural.
Há muitos tipos de vieses inconscientes, catalogados pelos estudiosos da psicologia. Listamos os cinco principais:
Aprisionar as pessoas em “caixinhas”, seja no âmbito profissional ou no pessoal, é algo que precisa ser reavaliado constantemente.
Boas práticas incluem a realização de treinamentos sobre o tema e formação reciclada de quem atua na área do RH, mas uma lupa sobre como lideranças, equipes e executivos lidam entre si no cotidiano também é fundamental para que a transformação da cultura organizacional envolva todos os grupos.
Quer se inspirar? Veja como promover uma cultura de diversidade na empresa!
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