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O que é preciso oferecer a um colaborador para que ele esteja satisfeito e produza mais e melhor? As primeiras respostas costumam envolver remuneração e benefícios, mas saiba que, para resolver essa questão, a cultura do pertencimento ganha cada vez mais importância dentro das empresas.
E mais do que estratégia apoiada simplesmente em sensibilidade, há números que sustentam essa solução. Um estudo realizado pela consultoria norte-americana BetterUp, em 2019, aponta que a sensação de pertencer ao local de trabalho pode levar a um aumento de 56% no desempenho do funcionário, além de reduzir em 50% o risco de turnover e em 75% as faltas por doença.
Nada mal, né? O estudo ainda revela que, em contrapartida, uma única incidência de “microexclusão” pode levar a um declínio imediato de 25% na performance do profissional em um projeto de equipe. Ou seja, investir em cultura do pertencimento é garantia de benefícios para os colaboradores e para a empresa.
Na prática, como aplicar a cultura do pertencimento
A alternativa está no radar das companhias, mas isso não significa necessariamente que a cultura do pertencimento esteja sendo implantada para valer.
Em pesquisa feita pela Global Human Capital Trends, no ano de 2020, 79% dos participantes confirmaram que promover sentimento de pertencimento na força de trabalho é importante para o sucesso da empresa nos 18 meses seguintes. Para 93% deles, pertencer impulsiona o desempenho organizacional.
Ótimo, certo? Mas mesmo com aprovação geral dessa conduta, apenas 13% das empresas se disseram preparadas para colocar a tendência em prática. Se esse é o seu caso, não desanime. Siga lendo nosso artigo para conhecer estratégias de ação.
Saiba o que é cultura do pertencimento
Antes de implantar uma política, é preciso entendê-la a fundo, concorda? E pertencer é algo essencial para todos nós humanos. Essa necessidade de se sentir amado e acolhido é levada também para o ambiente profissional.
De acordo com o artigo “What Does It Take to Build a Culture of Belonging?”, “O que É Necessário para Construir uma Cultura do Pertencimento?”, publicado pela Harvard Business Review, os líderes precisam primeiro ter em mente que o colaborador se sente pertencente ao trabalho quando se vê atendido nestas quatro condições:
- Visto por suas contribuições únicas;
- Conectado aos colegas de trabalho;
- Apoiado em seu trabalho diário e desenvolvimento de carreira;
- Orgulhoso dos valores e do propósito da organização.
Reúna os seus times
A união entre gestores e, por sua vez, deles com seus times, é essencial para a implantação bem-sucedida da cultura do pertencimento.
Após explicar aos líderes a política de acolhimento, é hora de comunicá-la aos colaboradores. O ideal é criar canais de comunicação, que funcionem como ponte entre os grupos, principalmente entre aqueles mais marginalizados no local de trabalho hoje (mulheres, negros, indígenas e comunidade LGBTQI+).
Invista em diversidade
A sociedade é plural e é assim que as empresas deveriam ser. Mapeie, quanto antes, seu quadro de funcionários de acordo com gênero, etnia, idade e orientação sexual, para traçar estratégias de equidade.
Então, promova planos de carreira e desenvolva processos seletivos mais inclusivos a fim de reter e envolver funcionários de todas as origens.
Aposte na comunicação
Não tome decisões de maneira unilateral e não imponha medidas de cima para baixo. Abra-se para os pontos de vistas de suas equipes.
Uma enquete sobre o que poderia ser melhorado no ambiente de trabalho é muito bem-vinda para iniciar o processo de criação da cultura de pertencimento.
Após a implantação das medidas, deixe disponível um canal de comunicação para receber queixas, sugestões e elogios. O processo de pertencimento pode ser construído de modo suave e aberto. Lembre-se de que acolhimento é a palavra-chave.
Se você gostou do assunto, aproveite para ler um pouco mais sobre gestão de pessoas. Saiba equilibrar o toque humano com a tecnologia nos processos de R&S e veja como desenhar uma experiência de funcionário completa. Até a próxima!