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Quase todos os profissionais de RH já devem ter se deparado com casos de colaboradores que desempenham brilhantemente suas funções técnicas e operacionais, mas não demonstram habilidade alguma em liderança e gestão. Não é à toa que situações como essas deram origem a modelos de plano de carreira em W disruptivos.
O plano de carreira em linha – no qual a única chance de crescer na empresa é conquistando posições de liderança – está cada vez menos comum, sendo substituído por modelos em Y e, mais recentemente, em W. O último, especificamente, oferece três possibilidades de galgar degraus, as quais atendem aos mais diversos perfis profissionais, em especial aos multitarefas.
Quer saber como funciona a carreira em W e se ela é a aposta certa para sua empresa? Então continue conosco.
O plano de carreira em W é um modelo de ascensão de colaboradores dentro da estrutura de cargos da empresa. Nesse formato, a pessoa tem múltiplas possibilidades: seguir por um caminho gerencial, técnico ou uma junção dos dois.
O modelo e a estrutura de carreira em W se originou da junção de duas letras Y ao proporcionar um terceiro caminho, no qual o profissional não precisa deixar de colocar a mão na massa para assumir uma posição de liderança.
Na carreira em Y, o profissional tem dois caminhos: atuar na área gerencial (em posições como coordenador, supervisor ou gerente) ou se tornar especialista técnico. O objetivo dessa estrutura é valorizar os colaboradores de acordo com as suas competências de maior destaque.
Em resumo, o colaborador deve optar por ser gerente ou especialista, mas não os dois
Esse tipo de plano de carreira é indicado para perfis que possuem vasta bagagem de conhecimento teórico e prático, além de visão inovadora e disruptiva. Também é comum para quem não sabe lidar bem com motivação e gestão de equipes.
Já na carreira em W é apresentado o papel do líder de projetos, que não é somente especialista e nem gerente. Ele coordena recursos diversos (que podem incluir pessoas não subordinadas) sem deixar de trabalhar seu lado técnico.
O plano de carreira em W não é melhor ou pior que o em Y, mas apenas uma forma distinta de evolução.
Na carreira em W, o profissional tem três possibilidades de crescimento profissional:
Gestor: é promovido para funções gerenciais nas quais tem de liderar pessoas e equipes. Deve ter competências como organização, capacidade de delegar, boa comunicação, talento para planejar e responsabilidade, além de conhecimento técnico mínimo da área de atuação.
Líder de projeto: o diferencial da carreira em W para outros modelos é a possibilidade de transitar entre gerente e especialista ao se tornar um líder de projetos. Nesta vertente, o colaborador continua atuando de maneira especializada em demandas do dia a dia, mas desempenha também papel de liderança de equipes temporárias em projetos especiais.
Um exemplo de carreira em W, seria um analista de marketing que lidera a criação de determinada campanha, delegando e realizando tarefas. Profissionais multifuncionais costumam preferir o cargo, que transita entre liderar e ser liderado.
Especialista: como especialista, o profissional continua colocando a mão na massa, mas de maneira extremamente técnica e avançada. O colaborador que costuma preferir a vertente é estrategista e adora solucionar problemas. Ainda que possa continuar subordinado a um gestor, possui mais autonomia em seu trabalho.
O plano de carreira em W acolhe pessoas com talentos aquém dos gerenciais, como as que desempenham brilhantemente funções técnicas, operacionais e estratégicas. Esse modelo favorece o cultivo de lideranças hábeis e que verdadeiramente ajudam equipes a atingirem bons resultados.
Em resumo, a ideia é aproveitar o melhor de cada perfil ao propiciar um caminho profissional satisfatório mesmo para quem não deseja apenas gerenciar pessoas.
Este tipo de plano de carreira ainda reduz taxas de turnover e melhora o employer branding, atraindo e retendo talentos diversificados.
Com três possibilidades distintas, o modelo de carreira em W ainda compreende os profissionais com talento para liderança e os que preferem aprofundar seus esforços na área técnica, agradando diferentes talentos.
O principal ponto de atenção em relação ao plano de carreira em W é em relação ao foco dos profissionais em meio a essa estrutura que centraliza diferentes atribuições em uma pessoa.
Antes de definir o plano de carreira é preciso avaliar os perfis dos profissionais contratados. Jovens das gerações Y, Z e Milenium costumam ser mais atraídos pela ideia da carreira em W. Outras gerações preferem a estabilidade de seguir um mesmo cargo e não serem impactadas pela inconstância da carreira em W.
Em suma, para montar um plano de carreira em W, sua empresa deve determinar objetivos, criar oportunidades e investir no desenvolvimento de competências.
Entenda melhor, a seguir, como implementar essas ações na prática!
Conheça a organização: identifique valores, interesses, habilidades, perfis e fatores de satisfação de carreira de seus colaboradores a fim de ajustar o que deve ser feito.
Com base no perfil dos profissionais da sua empresa, escolha o plano de carreira mais adequado. Se ele for em W, devem ser feitas mudanças para abandonar o modelo tradicional.
Desenvolva e implemente o plano de carreira em W juntamente ao plano de cargos e salários da sua empresa. Defina ainda em qual momento o profissional deverá escolher determinado caminho e quais as políticas para isso.
Divulgue a novidade para o capital humano. As pessoas devem ter visibilidade dos benefícios e do funcionamento do modelo de carreira em W, que dará a chance de galgar novas posições e crescer com mais responsabilidade.
Não se esqueça de unir a metodologia à cultura organizacional, seja por conversas com colaboradores ou inclusão das regras nos documentos referentes à política corporativa. Isso é essencial para que a novidade seja usada de forma responsável e em prol dos negócios.
Se você gostou deste artigo sobre carreira em W, leia também nosso guia definitivo sobre benefícios flexíveis.
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