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Reinventando o modelo de trabalho

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    Vagas For Business

  • 28 de abr as 10:30
  • 4 min de leitura
Dois colaboradores de costas tocando as mãos em um novo gesto de cumprimento pós-covid

Veja as razões para o modelo de trabalho híbrido crescer cada vez mais no Brasil e no mundo

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O que um profissional observa ao receber ou procurar uma oportunidade de emprego? Obviamente, pensaremos de pronto em cargo, remuneração e benefícios. Mas, hoje, principalmente após todas as transformações ocorridas no universo corporativo desde 2020, devemos apontar, sem pestanejar, para modelo de trabalho.

Sim, os candidatos consideram para valer se terão que atuar presencialmente na empresa, farão home office ou seguirão o regime híbrido (alternando dias em casa e no escritório).

Entre esses três caminhos, o modelo de trabalho que se mostra mais atrativo é o último. Neste artigo, abordaremos os porquês dessa predileção pelo regime híbrido.

O modelo de trabalho queridinho

Você sabia que a cada 10 trabalhadores, 4 preferem alternar sua rotina profissional entre a casa e a empresa? A informação vem do estudo “Preferências do local de trabalho” realizado recentemente pelo VAGAS.com, incluindo11.601 candidatos de seu banco de dados.

Para 42% dos profissionais, o modelo de trabalho híbrido é o ideal, já que permite a interação com os colegas de equipe (principal argumento para 31% dos entrevistados).

Conciliar trabalho com outras atividades domésticas (16,8%) e evitar a locomoção diária até a companhia (14%) aparecem em seguida.
De acordo com o levantamento, 41% dos profissionais dizem que o ideal seria trabalhar três dias na empresa, ao passo que 33% preferem dois dias e 14%, quatro dias.

Após o modelo híbrido, o trabalho presencial surge como o mais desejado (32%). As principais justificativas são: ter maior foco e concentração (37%), manter o relacionamento presencial com colegas (32,6%) e contar com um ambiente adequado para trabalhar, com móveis e infraestrutura, (16,4%).

No estudo, o método totalmente remoto foi escolhido por 26% dos entrevistados, já que permite trabalhar em empresas situadas em qualquer localidade do mundo (27,5%), evita a locomoção até o escritório (14%), além de facilitar o cuidado de filhos e outros familiares e oferecer tempo para outras atividades pessoais (11,75%, cada).

Embarque na revolução

Os números acima delineiam não apenas a realidade brasileira, mas refletem uma profunda transformação enfrentada por empresas e profissionais mundo afora.

Isso quer dizer que o trabalho híbrido será o padrão daqui para a frente? De acordo com a australiana Samantha Martin-Williams, membro do Conselho da Forbes, ainda é cedo para confirmar essa tese. Em seu artigo A Work In Progress: Reinventing The Way We Work (Trabalho em andamento: reinventando o modo como trabalhamos, em tradução livre), vivemos uma evolução contínua, mas não sabemos se o regime híbrido será permanente.

É como se as empresas e seus funcionários estivessem dançando conforme a música em tempos tão instáveis trazidos pela pandemia de Covid, em 2020. E a realidade é que ainda não sabemos quando (e se) tudo vai se normalizar.

Para Samantha, o home office, mesmo instituído de surpresa e abruptamente, surpreendeu positivamente pela alta produtividade e eficiência.

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Em um estudo promovido com 232 executivos, houve um consenso de que as estratégias radicais implantadas nos últimos dois anos foram bem-sucedidas, mas a necessidade por agilidade, flexibilidade, resiliência e aperfeiçoamento de tecnologias continuam a dominar as discussões das organizações.

As indústrias podem agora recrutar talentos em vários países, ampliando (e muito) as possibilidades. E as operações podem ser conduzidas de diferentes áreas, não demandando mais uma sede fixa, por exemplo.

Apesar desses avanços, os líderes temem que o trabalho remoto afete o “DNA” das empresas. As conexões realizadas unicamente via telas (por Zoom ou Skype, normalmente) enfraquecem as relações entre as equipes? Ainda não sabemos, mas o modelo híbrido pode atenuar esse problema.

Como ter uma boa solução para o novo modelo de trabalho?

Uma solução proposta por companhias de tecnologia é oferecer “hubs” para os funcionários se encontrarem e aproveitarem o aspecto social do trabalho.

Sempre é necessário questionar o motivo do retorno ao trabalho presencial. Qual é o papel do escritório principal? Quem precisa estar ali realmente? Quem pode continuar no home office? Isso pode causar disparidades ou compensações? Como resolver tudo isso? Essas e outras questões precisam ser racionalizadas e comunicadas adequadamente.

O trabalho em casa se mostrou altamente produtivo. Cabe às empresas casarem esse fato com a satisfação da força de trabalho. E isso pode levar ao trabalho híbrido, haja vista que uma grande parcela dos funcionários deseja o contato próximo com seus colegas e o ambiente proporcionado pelo escritório.

Atualmente, há uma ênfase muito maior no desenvolvimento e na satisfação do profissional e isso deve ser levado em conta no momento de desenhar as estratégias do modelo híbrido. O pool maior de talentos e a maior diversidade de mão de obra são apenas dois aspectos muito positivos desencadeados por essa novidade no mercado de trabalho.

Executivos e organizações precisam estar atentos e sempre prontos para revisar e adaptar as equipes a essas novas formas de atuação. A ideia hoje é criar empregos para pessoas e não recrutar pessoas para empregos.

O modelo híbrido é uma ideia e um processo em andamento. Todos temos que pensar, criar e adotar novas formas e tecnologias para acompanhar um mundo em constante transformação.

Alerta vermelho

Certamente, o modelo híbrido traz uma série de vantagens. Mas é sempre bom estar de olho em algumas questões para tornar o cotidiano mais tranquilo.

Para começar, é preciso que os líderes estejam mais atentos ao fluxo de trabalho e à comunicação das equipes. Abrir mais espaço para conversas cria proximidade e evita que os funcionários tenham que esperar por uma reunião para discutir algo que os incomoda.

É imprescindível ainda considerar as opiniões dos colegas e subordinados para realizar as mudanças necessárias para o melhor andamento dos processos. Vale lembrar que eficiência e união não dependem do trabalho presencial. O ideal é que modelo híbrido seja decidido em conjunto entre a empresa e os trabalhadores para que seja realmente satisfatório.

Esse assunto é interessante para você? Então aproveite para se aprofundar mais com outros conteúdos do nosso blog. Confira 8 dicas para montar um modelo de trabalho híbrido e como evitar erros na avaliação de desempenho.

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