Assine nossa newsletter
Fique por dentro das novidades do RH e receba nossos conteúdos por e-mail.
Tópicos desde artigo
Assim como um número cada vez maior de empresas atualmente, sua organização pode oferecer uma política de férias ilimitadas, ou “flexíveis”. A ideia é simples: o colaborador é livre para folgar quantos dias quiser, desde que cumpra todas as suas tarefas. A novidade, que já foi aderida por organizações como Netflix e Kronos, reforça o foco em resultados, ao invés de quantas horas ou dias são trabalhados.
Do ponto de vista do funcionário, o benefício é positivo, já que demonstra confiança e respeito por parte da empresa, o que reforça o senso de pertencimento, o compromisso e a responsabilidade com o negócio.
No entanto, adotar a política de férias ilimitadas pode ser um desafio para a maior parte das empresas. Para guiá-lo, criamos este guia com as principais respostas para suas dúvidas. Confira:
A política de férias ilimitadas, cujo nome em inglês corresponde a paid time off (PTO), surgiu entre startups e gigantes da tecnologia, mas se tornou tão popular que vem sendo adotada por empresas mais tradicionais e de diversos segmentos. Se trata de um benefício flexível no qual colaboradores têm permissão para tirar quantos dias de folga precisarem, contanto que seu trabalho seja feito em tempo hábil e com qualidade.
Um dos principais benefícios é a melhoria na cultura corporativa e no employee experience. Afinal, é cada vez mais importante que haja equilíbrio entre a vida profissional e pessoal. As férias ilimitadas podem ajudar os colaboradores a alcançar este cenário.
Ainda há benefícios para a saúde, principalmente a mental, como menor risco de síndrome de burnout pela flexibilidade de descansar quando houver sobrecarga.
Como a guerra por talentos está se tornando mais competitiva a cada minuto, ter uma política de férias diferenciada pode melhorar o employer branding, já que 90% dos millennials dizem preferir benefícios a aumentos.
Além disso, férias flexíveis atraem e retém profissionais sem custos extras ou salários mais altos, o que é muito vantajoso para a saúde financeira da companhia.
Funcionários de alto desempenho costumam ser ótimos em organizar seu tempo. Com expectativas e comunicação claras, não há razão para eles arriscarem suas carreiras usando inequivocadamente a política de folga ilimitada.
Assim como as empresa que permitem que funcionários trabalhem apenas quatro dias por semana descobriram que a mudança aumentou o engajamento e a produtividade, as férias ilimitadas podem fazer mesmo. Portanto, não tenha medo de que o trabalho fique inacabado se os funcionários tiverem direito a uma política de PTO.
Uma pesquisa da Edelman Trust mostrar que quase um em cada três funcionários não confia nos líderes da empresa. Assim, antes de adotar a política de férias ilimitadas é indicado avaliar o nível de confiança entre colaboradores e gestores. Sem ela, a organização pode não acreditar que determinado profissional cumpriu todas as suas tarefas antes de folgar, assim como o profissional pode ter medo de ser malvisto pela empresa ao tirar seu day-off.
Construir confiança deve ser uma prioridade, já que confere vários benefícios, como mais felicidade e produtividade no trabalho e menores taxas de turnover.
O grande medo dos gestores e departamentos de RH é que os funcionários abusem da política de férias ilimitadas e fiquem semanas, ou mesmo meses, sem trabalharem. Embora não haja garantia de que sua equipe não tirará proveito do benefício, vários experimentos mostraram que isso é bem incomum.
Na verdade, um estudo da Sage Business Researcher mostrou que, em muitos casos, as férias flexíveis levam os funcionários a tirar menos folgas do que aqueles que trabalham em companhias com políticas tradicionais. A explicação é a sensação de que mais dias de trabalho são sinônimo de bom desempenho e também o medo de perder oportunidades e visibilidade na empresa ao se ausentar mais.
Isso exige uma mudança na forma como as equipes de RH e os gerentes se comunicam sobre o benefício, para que tanto os empregadores quanto os empregados sejam beneficiados.
Embora a política de férias ilimitadas tenha prós e contras para empregadores e funcionários, há uma maneira estratégica de maximizar seus benefícios. Para evitar armadilhas comuns, o programa deve ser implementado com cautela. Veja as dicas a seguir:
Empresas que implementaram com sucesso políticas de férias ilimitadas genuinamente desejam que os funcionários equilibrem melhor a vida pessoal e profissional. Portanto, antes de adotar a novidade, avalie se está de acordo com os valores praticados pela organização.
Confiar a responsabilidade de construir seu próprio cronograma de folga nutre uma cultura de confiança, boa vontade e respeito mútuo. Um interesse genuíno pelo bem-estar e felicidade motiva os colaboradores a desempenharem melhor suas funções.
Em ambientes naturalmente competitivos, funcionários se sentem compelidos a competir com seus colegas sobre quem trabalha mais. Sabe-se que trabalhar muitas horas para provar o valor não é sustentável e não contribui para a produtividade.
Para evitar a armadilha, o sucesso deve ser medido por qualidade, entregas e resultados, ao invés do tempo gasto no escritório. Isso contribui para uma cultura na qual os profissionais sintam que merecem e podem aproveitar seu tempo livre sem preocupações.
Por mais que a cultura organizacional esteja de acordo com a política de férias flexíveis, regras precisam ser definidas.
É comum que colaboradores caiam na armadilha de tirar menos tempo do que merecem por não identificarem a fronteira entre o aceitável e o excessivo. Para evitar isso, crie um diálogo aberto sobre expectativas e necessidades.
Vale ainda incluir diretrizes sobre as férias ilimitadas no manual do funcionário, como quantidade permitida de dias consecutivos fora do escritório e até mesmo período mínimo de descanso anual.
Por fim, os líderes devem estabelecer estreita colaboração com os profissionais para garantir que eles se sintam confortáveis em solicitar folgas.
Se os subordinados virem seus gerentes tirando férias, eles se sentirão mais confortáveis para gozar delas também. Essa configuração de exemplo deve começar com o alto escalão e seguir por toda a organização.
Além de praticar o que se prega, é prático mostrar interesse genuíno nas férias dos colaboradores, como incentivá-los a compartilhar fotos nos grupos da empresa. Isso reduz qualquer estigma ou culpa que um funcionário possa sentir.
Quer saber mais sobre inovações e tendências no RH? Então saiba tudo sobre job rotation!
Categorias
Como entrevistar candidatos à distância sem comprometer os resultados
Como entrevistar candidatos à distância? Essa era uma pergunta bem recorrente no início da pandemia...
Custo por contratação: como reduzir ou aumentar
A área de recrutamento era vista até pouco tempo como um departamento que representava apenas...
9 ações motivacionais para funcionário que o RH pode usufruir online
Fazer ações motivacionais para funcionários em tempos de trabalho remoto parece ser uma tarefa difícil...