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Se tratando de maneiras de conduzir as fases de processos seletivos, há diversas possibilidades que podem ser aproveitadas pelos recrutadores, como a entrevista não estruturada. Diferentemente das estruturadas, nesse tipo de conduta não há roteiro prévio que guia o entrevistador, o que deixa o diálogo mais aberto.
Neste artigo, explicaremos o que é a entrevista não estruturada, quais suas vantagens e desvantagens, além de como e quando aplicar o método em seus processos seletivos.
Continue lendo e fique por dentro do assunto!
Entrevista não estruturada é uma entrevista que não possui roteiros previamente elaborados pela equipe de R&S ou pelos gestores das áreas que farão a contratação.
Há prós e contras de aplicar a entrevista não estruturada em diferentes etapas do processo seletivo. Entenda-os a seguir:
Caso você e seu time decidam aplicá-la antes de saber quais são as hard skills – ou seja, as habilidades técnicas – dos candidatos, é preciso ter em mente que entrevistarão um volume muito maior de pessoas e grande parte não passará por falta de repertório técnico.
Portanto, se seu objetivo principal é otimizar o tempo do RH e de profissionais, opte por realizar a entrevista não estruturada após a seletiva técnica.
Mesmo com o número reduzido de candidatos, há a chance de não conseguir extrair informações que mostrem quem se adaptaria melhor à cultura e aos valores da empresa.
Como resultado, podem ser classificados candidatos que não preenchem totalmente os critérios de contratação assertiva, o que aumenta as chances de turnover.
Deste modo, vale refletir sobre a dificuldade em encontrar pessoas com fit cultural e, se ela for grande, optar pela entrevista não estruturada antes da peneira técnica.
Aqui, todos os candidatos com hard e soft skills necessárias para desenvolver as atividades e lidar com o cotidiano da empresa já foram selecionados e estão de acordo com as expectativas do negócio.
Na última fase da entrevista, portanto, são os detalhes de comportamento que farão a diferença na escolha.
Aplicando, nesse momento, a entrevista não estruturada, o recrutador e o gestor podem conhecer os candidatos em um contexto mais solto e sem muitas amarras. Isso proporciona o acesso ao lado mais pessoal do profissional, ou seja, como ele se comporta em situações mais informais.
Com tais detalhes comportamentais, é possível analisar de outro ângulo quem pode se dar melhor dentro da empresa e oferecer diferenciais que posicionem bem o negócio no mercado.
Como vimos no tópico anterior, há vantagens e desvantagens da entrevista não estruturada. Isso quer dizer que recrutadores e gestores precisam alinhar se ela é uma boa estratégia para processos seletivos e em qual momento será mais adequada.
A principal vantagem da entrevista não estruturada é conhecer o candidato além das perguntas comumente feitas nos processos seletivos. Sabendo como ele se porta em ambientes mais relaxados, o recrutador poderá ter acesso a:
Assim, a empresa aumenta as chances de contratar uma pessoa que realmente tem fit cultural e que se adaptará muito bem aos valores do seu negócio.
Apesar de trazer aos recrutadores outras perspectivas, a entrevista não estruturada também apresenta desvantagens, principalmente quando é mal aplicada. Algumas delas são:
Nota-se, portanto, que a entrevista não estruturada tem seus pontos positivos e os negativos. Para ser aplicada, apesar de sua não estrutura, é preciso planejamento e muito estudo, para entender quando o método pode ser construtivo para o processo seletivo.
Ainda que a entrevista não estruturada preze pelo livre correr da conversa, separamos alguns pontos que você deve prestar atenção e levar em consideração nos bate-papos com os candidatos.
Ainda que a entrevista tenha o formato mais livre e orgânico, é muito importante abordar assuntos que sejam relevantes no momento da escolha do candidato ideal para a empresa.
Lembre-se de que é necessário angariar informações que permitam colocar na balança qual candidato tem mais fit com a vaga. Para isso, você precisará saber algumas informações específicas, como experiências, modo de lidar com algumas situações e traços de comportamento.
Extraia o máximo da entrevista não estruturada, pois é nesse momento que o candidato se sentirá mais à vontade e você conseguirá ver, realmente, as características que lhe são predominantes.
Se o recrutador fizer perguntas cujas respostas possíveis são apenas “sim” ou “não”, a conversa não fluirá e não haverá material suficiente para avaliar candidatos.
Faça perguntas que estimulem a pessoa a falar e a desenvolver um pensamento. construindo ideias relevantes para a sua avaliação.
Já que as perguntas não são pensadas previamente, é preciso ter jogo de cintura para elaborar questões pertinentes e eficazes.
Nesse formato, mais do que nas entrevistas estruturadas, é necessário estar atento e saber qual é o limite para que, de um recrutamento e seleção, a entrevista não estruturada não se torne uma conversa pouco eficaz.
É essencial que, além da sagacidade para lançar a pergunta certa no momento certo, o recrutador saiba tornar a conversa produtiva.
Agora que você já sabe o que fazer para otimizar os resultados da entrevista não estruturada, separamos algumas dicas do que não fazer diante desse cenário. Ao evitar atitudes como estas, você conseguirá aproveitar mais a entrevista e manterá o foco no que realmente importa.
Como a conversa fluirá de modo mais solto, é natural que os assuntos mais variados surjam – ainda mais se houver encontro de pontos de interesse entre recrutador e candidato.
Por isso é importante que, ainda que não estruturadas, as conversas não saiam muito dos temas profissionais que são importantes para a seleção deste ou daquele candidato.
Do contrário, você terá um bate-papo incrível, mas não conseguirá argumentar nem a favor e nem contra o candidato em questão.
Um risco que o recrutador corre é o de ser invasivo em suas perguntas e colocações. É importante ter sempre em mente que todas as informações devem prestigiar a capacidade do candidato em atuar ou não na empresa.
Por mais que as soft skills sejam parte muito relevantes na escolha do candidato ideal, na entrevista não estruturada o risco de extrapolar essa medida é potencializado. Assim, cautela e jogo de cintura são essenciais.
Como já apontamos anteriormente, em cada fase do processo seletivo, a entrevista não estruturada trará um resultado diferente. Por isso, é de suma importância que ela seja planejada.
Lembre-se sempre de que o processo seletivo, independentemente de seu formato, é parte do plano estratégico do negócio. Afinal, para que tudo funcione dentro dos padrões almejados, é necessário que a empresa conte com pessoas capacitadas e que compactuem com os valores da organização.
Agora que você já sabe mais sobre a entrevista não estruturada, seus prós e contras e quais as maneiras de aplicá-la, aprofunde seus conhecimentos na entrevista semiestruturada.
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