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Medidas trabalhistas e coronavírus: entenda as ações do governo

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  • 23 de mar as 11:52
  • 3 min de leitura
Executiva asiática tentando colocar mascara de proteção facial contra o coronavírus.

Jornada e salários reduzidos, veja essas e outras medidas trabalhistas alteradas pelo coronavírus

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Mudanças no cenário corporativo, como alterações de medidas trabalhistas pelo coronavírus, estão cada vez mais frequentes desde o início da pandemia de covid-19. A velocidade das informações é tão intensa que muitas vezes é difícil entendê-las com clareza.

Para sanar as principais dúvidas sobre direitos trabalhistas e coronavírus, sejam elas de profissionais ou equipes de RH, separamos aqui as últimas ações do governo brasileiro para flexibilizar as leis trabalhistas e fiscais dado o contexto da doença. Também esclarecemos medidas tomadas por outros países frente à crise. Confira:

Medidas trabalhistas em decorrência do coronavírus

A crise decorrente decorrência da pandemia de coronavírus afeta economias, indústrias, empregos e relações trabalhistas.

Para tentar minimizar os efeitos negativos e proteger empresas do coronavírus, assim como os trabalhadores, o governo federal anunciou medidas que visam facilitar trâmites legais e fiscais para a tomada de decisão da empresa.

Abaixo, separamos por tópicos as principais alterações propostas pelo governo que estão, de certa maneira, vinculadas ao trabalho do RH.

Programa antidesemprego

O objetivo da iniciativa é facilitar as negociações trabalhistas de modo a reduzir os custos do contrato de trabalho e preservar os vínculos empregatícios, dentro dos limites previstos na Constituição Federal.

O programa prevê a adoção das seguintes medidas: home office, antecipação de férias individuais, decretação de férias coletivas, adoção e ampliação de banco de horas, redução proporcional de salários e jornada de trabalho, além da antecipação de feriados não religiosos.

Jornada de trabalho e salários reduzidos

Nas regras mencionadas pelo Ministério, as empresas devem continuar pagando pelo menos o salário mínimo.

Também não pode ser reduzido o salário hora do trabalhador.

A redução proporcional de jornada e salários poderá durar enquanto estiver em vigor o estado de calamidade.

Férias coletivas

Antes, as empresas tinham de avisar essa iniciativa ao governo e aos sindicatos com antecedência mínima de duas semanas. Agora, a notificação poderá ser feita 48 horas antes.

Férias antecipadas

Os trabalhadores poderão ter antecipadas férias de 15 dias, mesmo que não tenham completado um ano na empresa.

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Feriados

Feriados não religiosos poderão ser antecipados para o período de confinamento dos colaboradores, durante a restrição de circulação de pessoas, para que, assim que a pandemia regredir, os trabalhadores não sejam dispensados nesses dias.

Pagamento de FGTS

Será possível adiar o prazo de pagamento do FGTS por três meses.

Contribuições ao Sistema S

As contribuições devidas ao Sistema S (composto por Senai, Sesc, Sesi e Senac) sofrerão redução de 50% por três meses para não afetar o caixa das empresas.

Abono salarial

Antecipação para junho o pagamento do abono salarial a todos os trabalhadores. O benefício que assegura o valor de um salário mínimo anual aos trabalhadores brasileiros que recebem em média até dois salários mínimos de remuneração mensal, em geral, é pago de acordo com critérios de aniversário do trabalhador.

Voucher coronavírus

O governo anunciou a criação de um auxílio emergencial no valor R$ 200 por pessoa, durante três meses, para apoiar trabalhadores informais, desempregados e microempreendedores individuais (MEIs) que integrem família de baixa renda.

Esse auxílio, chamado informalmente de “voucher coranavírus”, não pode ser acumulado com os seguintes benefícios: previdenciário, Benefício de Prestação Continuada (BPC), Bolsa Família ou seguro-desemprego.

Medidas trabalhistas e coronavírus em outros países

EUA

Para injetar dinheiro na economia e evitar o desemprego, as medidas do governo de Donald Trump incluem:

  • Licença de trabalho remunerada;
  • Assistência alimentar;
  • Benefícios para desempregados;
  • Maior aporte o sistema de saúde norte-americano;
  • O FED, banco central americano, também comprará dívida corporativa de curto prazo diretamente das empresas que a emitem.

Itália

As medidas delineadas incluem o aporte de 3,5 bilhões de euros em medidas que englobam:

  • Gastos para o setor de saúde;
  • Subsídios para trabalhadores autônomos.
  • Plano de nove meses para alívio de hipotecas para trabalhadores que viram seus ganhos caírem em mais de um terço durante a crise do vírus;
  • 15 dias de licença parental para funcionários do setor privado com filhos menores de 12 anos.

França

Até o momento, a França adotou a abordagem mais ousada, prometendo que nenhuma empresa poderá fracassar como consequência da doença que levou empresas de pequeno e grande porte a suspender suas operações.

  • Empréstimos governamentais aos empresários;
  • Adiamento do pagamentos de impostos;
  • Suspensã do pagamento das contas de aluguel e serviços públicos para empresas menores.

Coreia do Sul

A Coreia do Sul anunciou um pacote de estímulo de US$ 9,8 bilhões em 3 de março de 2020 que engloba as seguintes medidas trabalhistas para coronavírus:

  • Subsídios para pequenas e médias empresas para ajudar a pagar trabalhadores;
  • Subsídios para pais e mães que estão com filhos em casa;
  • Treinamentos gratuitos aos trabalhadores que perderam emprego.

Reino Unido

O Reino Unido lançou 32 medidas para tentar minimizar os efeitos do Covid-19, que englobam:

  • Redução das taxas de juros em 0,5%;
  • Corte de impostos para os varejistas;
  • Subsídios monetários para pequenas empresas;
  • Ampliação do auxílio-doença;
  • Acesso ampliado aos benefícios governamentais para trabalhadores independentes e desempregados.

Está curioso para saber mais sobre medidas trabalhistas e coronavírus? Veja também as verdades e mentiras sobre coronavírus e questões trabalhistas.

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