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Cresce o número de profissionais que buscam oportunidades mesmo empregados

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    Vagas For Business

  • 16 de out 2025 às 18:47
  • 2 min de leitura

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Conheçam mais uma tendência no mercado de trabalho, os “candidatos permanentes”,   (Perennial Job Seeker) é um novo arquétipo de profissional que, independentemente de estar satisfeito ou insatisfeito no seu cargo atual, mantém a procura de emprego como uma atividade contínua, regular e permanente na sua vida. O conceito foi publicado recentemente no jornal The New York Times. 

Segundo o artigo, ao contrário do modelo tradicional — onde a procura de emprego era uma fase temporária desencadeada pelo desemprego ou por profunda insatisfação — para estes profissionais, a procura constante é uma estratégia de carreira defensiva e proativa.

As razões por detrás deste comportamento

A ascensão deste fenómeno é impulsionada por uma combinação de fatores econômicos e culturais:

Instabilidade económica e incerteza: A cultura de layoffs (demissões em massa) frequentes, mesmo em setores lucrativos como a tecnologia, fez com que os trabalhadores perdessem a crença na segurança do emprego. Manter um currículo e um perfil de LinkedIn atualizados, bem como estar a fazer entrevistas, funciona como uma “apólice de seguro de carreira” contra a próxima vaga de cortes.

Erosão da lealdade mútua: As gerações mais jovens, em particular, testemunharam a falta de lealdade das empresas para com os seus funcionários. Em resposta, os profissionais adotaram uma mentalidade de que a única pessoa responsável pelo seu crescimento e compensação é o próprio, forçando a procura externa como o caminho mais rápido para um aumento salarial ou uma promoção significativa.

Melhoria contínua da marca pessoal: A prática regular de se candidatar a vagas e fazer entrevistas é vista como um exercício valioso.

Ajuda o profissional a:

  • Calibrar o seu valor de mercado (saber quanto outras empresas pagariam pelas suas competências).
  • Identificar lacunas de competências (compreender quais são as competências mais procuradas).
  • Manter as competências de entrevista afiadas para quando a oportunidade ou a necessidade surgir.

    Consequências para o mercado de trabalho

    • Para as empresas: Torna a retenção de talentos significativamente mais difícil e cara. As empresas não podem contar com a inércia dos empregados. Os departamentos de RH são forçados a investir continuamente em avaliações de remuneração (para garantir que os salários são competitivos) e em programas de desenvolvimento de carreira internos para reter o talento que já possuem.
    • Para os empregados: Embora a prática seja uma excelente ferramenta para aumentar o potencial de ganhos e a segurança da carreira, pode levar ao esgotamento emocional (burnout). O equilíbrio entre manter o desempenho no emprego atual e gerir o processo de procura de emprego (candidaturas, preparação, entrevistas) torna-se uma segunda jornada de trabalho.
    • Novas dinâmicas de entrevistas de emprego: O mercado de trabalho tem normalizado o fato de os candidatos podem fazer entrevistas mesmo estando empregados. Os recrutadores têm procurado colaborar com horários flexíveis para as entrevistas e focados em questionar qual o motivo de insatisfação no emprego atual, assim como suas ambições e expectativas de crescimento.

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